Capítulo 19

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Giulia : Vai dormir aqui? - Olhei pra ela, enquanto vestia minha camisa e neguei. - Não gostou? - Levantei, negando. - Não vai responder?

Samuel : Não! - Fechei o zíper da bermuda, e permaneci calado.

Giulia : Toda vez depois do nosso sexo, tu fica assim. - Veio até mim. - Ainda pensa nela, não é? - A voz dela falhou, e me veio a lembrança dela na minha mente.

Não consegui reagir, fiquei parado, fixei meu olhar no canto do quarto dela, e lembrei dos nossos momentos na praia. Foram os melhores!

Giulia : Samuel! - Me gritou, e quando eu vi, ela tava na minha frente, me olhando firme. - Eu sei que a gente só fica, mas ser tapa buraco pra ex, é foda!

Olhei na cara dela, e peguei minha camisa que tava em cima da cama, e coloquei a camisa no ombro.

Samuel : Eu já disse pra tu não meter ela no meio. - Ela ia falar algo, mas simplesmente, não saiu.

Peguei meu chinelo que tava debaixo da cama e sai.

Ludmila : Oi filho, já vai embora? - Dei de cara com a mãe dela, e me assustei.

Samuel : Sim, não vou demorar muito. Minha mãe acabou de me ligar. - Ri fraco.

Ludmila : Manda um abraço apertado pra Letícia, diz que eu tô com saudades. - Caminhei até a porta, e olhei pra trás, vendo a Giulia na porta, me olhando com uma cara de choro e de quem queria me matar.

Ignorei a presença dela, e assenti pra mãe dela, saindo da casa das mesmas.

Vesti minha camisa, respirando ar puro.

Vi o Guilherme em frente a casa dele, e uma barulheira do caralho vindo de dentro.

Samuel : Qual foi dessa festa toda? - Fiz toque com ele, e depois apontei pra casa dele.

Guilherme : Meu tio voltou. - Soprou a fumaça do cigarro, e eu assenti.

Samuel : Saquei, irmão! - Não tinha sacado nada. Ele tem um monte de tio, não especificou.

Guilherme : Ninguém sabia do paradeiro dele, do nada, o maluco aparece. - Eu ri.

Minha mãe falou poucas vezes dele, também não tive curiosidade em perguntar.

Vi um homem alto, forte e tatuado, saindo de dentro da casa do Guilherme. Ele encostou na parede, acendendo um cigarro. Ele olhou pro céu, fechou os olhos e depois soprou a fumaça.

Fiquei observando ele, que logo olhou pra mim. Meu celular começou a tocar, e vi que era minha mãe.

Samuel : Aí, irmão! Vou metendo o pé. - Desliguei o celular, dando um abraço fraco no Guilherme.

Guilherme : Fé! - Riu, jogando o cigarro dele no chão.

Olhei novamente pro homem, e ele ainda olhava pra gente. Encarei ele, que fez um "continência".

Amor de Fim de Noite. (CONCLUÍDO) Onde histórias criam vida. Descubra agora