Capítulo 36

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Dia de quinta-feira o movimento é bom, e ao mesmo tempo não. Tem um horário certo pra cada fluxo de pessoas.

Eu não gosto de mexer no celular, quando eu tô no trabalho. Eu acho antiético. Só se for algo realmente urgente, ou até mesmo pra uso do trabalho mesmo.

Atendi uma cliente, e logo em seguida subi pra gerência.

Organizei umas planilhas da loja, deixando tudo organizado pra minha mãe.

Ouvi baterem na porta, e mandei entrar, vendo a Estéfane.

Estéfane : Desculpa incomodar! Vim pegar mais sacolas personalizadas, as do balcão acabaram agora. - Concordei, mantendo os olhos fixados no computador.

Ela entrou na salinha onde ficava estoque da loja, pegou as sacolas e logo saiu.

Confesso, ela é uma gata. Mas eu não sou lésbica, e nem vou me envolver com ela.

Eu nunca fiquei com garotas, mas eu.. eu tenho vontade. Mas eu tenho mais medo, do que vontade.

Não me julguem!

Recebi uma mensagem de um número desconhecido. Mas a foto, eu reconheceria esse rosto em qualquer lugar..

Era a Amanda, e ela queria me ver.

Me levanto rápido, e fui mandando mensagem pra minha mãe, avisando que eu teria que sair, e que depois ela poderia descontar do meu salário depois.

Desci onde as meninas, vendo elas trabalhando.

Sara : Garotas, eu vou ter que sair nesse instante. Tomem conta da loja por mim? Minha mãe já está vindo.

Marcela : Ta tudo bem? - Me olhou preocupada, pegando na minha mão e eu assenti.

Soltei da mão dela, vendo meu celular e a resposta positiva da minha mãe.

Fui até minha moto, ligando a mesma e indo pro morro.

Porra, se o Samuel souber..

***

Fui o caminho inteiro pensativa, e pedi pra ela me esperar na casa da tia dela.

Subi o morro de moto, mas me pararam na contenção. O Vitti tava lá, então eu nem me expliquei tanto.

Só deixei minha moto, porquê confio neles e sei que eles não iriam roubar.

Vitti : Esqueceu as raízes e a família, Sarinha.. - Brincou, e eu continuei com a cara fechada.

Sara : Que família é essa que deixa o próprio "irmão" morrer? - Peguei a bolsa, ajeitando no ombro e mantendo o olhar firme nele.

Guardei a chave no bolso, e subi o morro caminhando.

A casa da minha "avó" fica na beira da contenção, é bem difícil passar despercebida.

Vi ela molhando as plantinhas, e parei pra dar um beijo na testa dela. Minha velha!

Não demorei muito, porquê eu tinha que voltar pro trabalho.

Cintia : Tá indo pra onde, filha? 

Sara : Vou encontrar uma amiga na casa da namorada do Samuel. - Ela concordou.

Recebi outra mensagem da Amanda, e eu respondi ela, não ouvindo o que a minha avó tava falando.

Cintia : Se ele aparecer, eu digo que você tá na casa da namorada dele. - Desliguei o celular, voltando a atenção pra ela. - Ta bom? Eu assenti, dando um beijo na testa dela.

Sara : Tchau! Antes de ir, eu passo aqui. - Acenei pra ela, e continuei meu trajeto.

Amor de Fim de Noite. (CONCLUÍDO) Onde histórias criam vida. Descubra agora