Capítulo 15

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Fiz todo o percusso de volta, mas antes, eu passei nas lojinhas da comunidade e me tratei maneiro.

Dei um trato no cabelo, comprei roupas novas e calçados também. Tudo que eu quero, é voltar pro Rio logo.

•••

Vidal : Qual foi, irmão? Toma aí o dinheiro da erva. - Vi o Charles de costas, perto da casa dele e toquei no ombro do mesmo.

Charles : Susto do caralho, cuzão! Já pensei que era os canas. - Eu ri, entregando o dinheiro pra ele. - Tá gostosinho, irmão! Corte maneiro. - Ele pegou na cabeça, avaliando meu corte, com um copo de gin nas mãos e um cigarro entre os dedos.

Vidal : Aí, posso tomar um banho e trocar de roupa no teu barraco? Na humildade? - Ele assentiu, e eu fui entrando.

•••

Vidal : Vou metendo o pé, parceiro! Tenho muita parada pra resolver ainda! Tô livre, compadre! Sou da gaiola mais não. Obrigado de verdade pela ajuda, tu é pica! - Fiz toque com ele, saindo da comunidade.

Charles : Muita fé, chará! Tô contigo se precisar. - Ouvi a voz dele meio longe, e fiz um "paz e amor" de costas.

Agora é só eu e Deus, irmão! Vou atrás do meu e muita fé!

Caminhei até a estação mais perto, com o coração cheio de vida.

Comprei a passagem, e esperei até aparecer o primeiro metrô. Fui destino a rodoviária, e lá eu ia comprar outra passagem pro Rio.

Não me despedi de ninguém, não tenho mais nada aqui. Eu só quero paz e muita tranquilidade.

Olhando as pessoas indo trabalhar, chegando do trabalho.. me dá uma vontade de ser honesto também. Mas eles ficam com uma cara de cu do caralho, parece que vivem estressado, não é? Puta que pariu. Era só uma erva na vida de cada um.

É honesta? É. Mas eu gosto do perigo, curto a adrenalina. Mas não quero ir em cana novamente, sacou?

Amor de Fim de Noite. (CONCLUÍDO) Onde histórias criam vida. Descubra agora