Capítulo 3

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Samuel 🥋

Nunca dei uma de menor revoltado, por perder meu pai. Eu vejo que realmente, isso aqui não é vida pra ninguém.

Mas eu curto a favela, eu curto os faixas que eu tenho aqui. Vivo maior tempão na casa da minha avó Cíntia.

Minha mãe não gosta mais daqui, e eu entendo os motivos dela. Pô, deve ter sido difícil pra caramba.

Cíntia : E aí, filho, como ta a faculdade? - Sentou do meu lado, com dificuldade e eu ajudei ela.

Samuel : Pô, vó.. não sei ainda o que eu faço. - Cocei a cabeça. - Tô ligado que já tá passando da hora. - Ela riu. - Mas eu vou tomar um rumo logo. - Ela assentiu.

Cíntia : A vovó tá torcendo por você, meu amor! - Pegou na minha mão, beijando a mesma. - Vó te ama!

Samuel : Também te amo! - Beijei a mão dela de volta.

Irmão, minha vó é tudo! Ela me ajuda pra caralho. Sempre que eu brigo com a minha mãe, ou a Sara, venho pra cá. Ela me dá o colo dela, me aconselha e eu sempre volto atrás. Ela diz que eu pareço meu tio.

Nunca vi ele, mas eu conheço o Guilherme, que é o "filho dele".

Vejo o Rael aparecer na porta, me chamando pra brincar com ele. Aí, o cria é maneiro.

Ele é o vizinho da minha avó, e sempre que eu broto aqui, tiro um tempo pra brincar com o moleque.

Samuel : E aí, meu aliado! - Fiz toque com ele, que segurava uma pipa. - Qual vai ser? - Olhei pra pipa dele, que ria.

Rael : Tu gostou? - Eu assenti.

Samuel : Essa tá tega, irmão! - Peguei da mão dele. - Ficou maneiro. - Ele riu.

Acho que ele tem 6 anos, mas já fica de olho nas garotas que aparece na favela. Fico rindo do cria.

Ensinei ele a soltar pipa, que já tava pegando as manhas da parada.

Deixo ele brincando com a pipa, e sento na calçada, pegando meu celular e vendo que a Giulia tinha mandado mensagem.

Festinha de cria? Sempre tô dentro!

Amor de Fim de Noite. (CONCLUÍDO) Onde histórias criam vida. Descubra agora