Charles : Vai em frente, faixa! - Eu assenti.
Vidal : Tem mais erva aí? Quando eu voltar, te pago. - Ele assentiu, me dando o que tinha no bolso. - Muita fé, irmãozinho! Senti tua falta. - Me despedi dele e voltei minha subida, mas agora com mais vontade. Minha erva faz tudo!
Pô, continua tudo do mesmo jeito. O mesmo céu, tudo acabado e sem vida. Não me lembro o caminho, mas sei que fica por aqui.
•••
O barraco dela não continua o mesmo, claro. Foram 15 anos. Tá mais atualizado, com uma "cara nova".
Eu bati forte, ainda com o cigarro entre os dedos.
Ouvi passos do outro lado, e me afastei da porta. Abaixei minha cabeça, olhando pro chinelo surrado. Ouço a porta destrancando, e levanto minha cabeça na mesma velocidade que ela abre.
Dou de cara com ela, que me olha assustada e sem entender.
Vidal : Surpresa! - Minha voz saiu falha, mas com um tom irônico, fui adentrando casa a dentro e observando a mudança que tinha acontecido ali dentro.
Tati : Mas.. como? - Fechou a porta, ainda paralisada e sem reação.
Vidal : Tudo novo, irmã! Paradas bonitinhas, limpinhas e com o cheiro do meu dinheiro. - Passei a mão nas coisas, e depois olhei pra ela, que se sentou no sofá com receio.
Sinto cheiro de medo, de dúvidas e principalmente, desespero.
Tati : Eu senti tua.. tua falta, meu amor! - Percebi a voz trêmula, e ela levantou, indo até mim e tocando as mãos nervosas no meu rosto.
Soltei uma risadinha com aquilo, joguei meu cigarro no tapete dela, vendo o cigarro queimar a pelúcia do tapete. Volto rapidamente minha atenção para ela, que ainda me olhava com os olhos cheios de lágrimas, mas lágrimas de desespero.
Segurei no pescoço dela, encurralando a mesma na parede e olhando no fundo dos olhos mentirosos dela.
Vidal : Consigo sentir o cheiro de tudo, menos de saudades, vadia! - Joguei ela no sofá, tirando minha camisa.
Ela me olhava, e eu fui até a mesma e comecei beijando o pescoço dela.
Fui descendo minha mão até a parte íntima dela, e senti o gemido baixinho que ela soltava.
Não demorou muito até ela se soltar, e entrar no clima. Tô a 15 anos sem ver uma buceta. E comendo uma, só nos pensamentos.
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Amor de Fim de Noite. (CONCLUÍDO)
Novela Juvenil+16 |Segunda parte do livro "Alma da Favela." Maktub, particípio passado do verbo kitab É a expressão característica do fatalismo muçulmano Maktub significa: estava escrito Ou melhor: tinha que acontecer Essa expressiva palavra dita nos momentos de...