Capítulo 49

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Depois de passar uns minutos refletindo, eu fui pro banheiro e tomei um banho.

Mais 30 minutos de reflexão dentro do banheiro.

Sai enrolado na toalha, todo molhado e olhei pra ela dormindo. Garota feia dormindo!

Dei risada com o meu pensamento, e fui até meu guarda-roupa, pegando uma roupa pra dormir.

Escutei ela resmungar meu nome, e fui até mesma.

Amanda : Samuel.. - Ela tinha a expressão de medo, mesmo dormindo e eu cheguei até ela. Deitei na cama, do lado dela e fiz carinho no rosto dela, que virou pra mim, ainda dormindo.

Samuel : Calma, minha gatinha.. Samu tá aqui. - Fiz carinho nela, olhando atentamente pra cada detalhe do rostinho dela. Dei um beijinho no rosto dela, e fui pra me levantar, quando senti ela segurar no meu braço. - Eu não vou dormir aqui, maluca.

Amanda : Dorme.. aqui.. - Fechei os olhos, e assenti, não querendo dormir com ela.

Sei lá, vai que ela pensa parada errada de mim..

Voltei pro lado dela, e fiquei reto na cama, enquanto ela segurava no meu braço, como se eu fosse fugir.

Ela dormiu segurando fortemente no meu braço, e eu cobri ela com o edredom, e depois passei por mim.

Virei pra ela, e logo eu dormi.

***

Acordei com o meu alarme tocando incessantemente. Peguei meu celular e desliguei o mesmo, depois jogando ele na cama. Olhei pro lado, e a Amanda ainda dormia. E por incrível que pareça, ela ainda segurava no meu braço.

Tirei a mão dela lentamente do meu braço, e levantei, indo pro banheiro.

Tomei um banho e escovei os dentes. Voltando pro quarto, e vendo que ela ainda dormia.

Fiquei de costas pra ela, ainda de toalha e ajeitando a correntinha no meu pescoço.

Escutei gemidos e olhei pra trás, vendo a dorminhoca ressuscitando.

Continuei ajeitando a correntinha, e ouvi ela falar.

Dei risada, e olhei pra ela, que tinha acordado por completo e tava sentada na minha cama.

Eu ainda não tinha aberto as cortinas, tava tudo escuro, mesmo já sendo 10 da manhã.

Amanda : O que eu tô fazendo aqui? - Eu ri, olhando pra ela.

Samuel : Dormiu aqui, não percebeu? - Ela passou a mão na cabeça, e revirou os olhos.

Amanda : Por que eu tô aqui, Samuel? - Foi levantar, e cambaleou pro lado.

Samuel : Deixa eu resumir, pa tu ficar situada das tuas ações. Tu foi pro baile, bebeu pra caralho, ficou se esfregando em uns marmanjos que tinham idade pra ser teu pai, deu um rolo do caralho envolvendo os traficantes do morro por culpa tua.. - Ela me olhou sem entender. - Eu te trouxe pra minha casa, cuidei de ti.. - Lembrei do que ela tinha me falado durante a madrugada. - Tu.. tu falou que ainda me ama. - Ela tava de cabeça baixa, e quando ouviu isso, levantou a cabeça rápido, me olhando com vergonha. - Isso é verdade? - Fui chegando perto dela, que tava em pé ainda.

Amanda : Eu.. eu não sei porquê eu falei isso. Mas não é. Eu estava bêbada. - Cheguei pertinho dela, e peguei meu celular, dando play no áudio, na parte que ela dizia que me amava e que ela não tava falando aquilo, só porquê estava bêbada.

Ela olhou pra mim, e olhava pro celular.

Samuel : Por quê esse impasse, Amanda? Tu falou, é só falar agora. Ou não consegue? Precisa da bebida pra isso? Pra poder falar que me ama? Pra poder se declarar? - Falei tudo isso olhando nos olhos dela, e os mesmos brilhavam.

Amanda : Eu.. eu te amo, Samu! Mas eu não posso te amar sozinha. - Ela abaixou a cabeça. - Tu tá quase namorando com a Giulia, somos praticamente primas e isso não dá certo. - Eu cheguei mais perto dela, e levantei a cabeça dela, mantendo nossos olhares unidos.

Samuel : Eu já não fico com a Giulia desde quando tu voltou, maluca! - Ela riu, e umas lágrimas escorreram pelo rosto dela, eu limpei as mesmas, e continuei falando. - Desde que tu saiu da minha vida, ela se resume em pensar em ti, e em quando eu vou te ter volta. Branquinha, tu foi embora e levou uma parte do meu coração contigo. E te ver tão perto assim, sem poder te tocar, nem ao menos te dar uma abraço, destrói meu coração. - Ela chorou mais ainda. - Eu ouvi tu falar das tuas mágoas ontem, e eu sei que fui infantil pra caralho, sacou? Eu não entendi teus motivos, nem confiei em ti. Mas porra, porque tu não ficou comigo mesmo a distância? A gente ia dar um jeito de ficar juntinho. Isso que me matou, tá ligado? - Ela assentiu.

Amanda : Me desculpa, me desculpa.. - Ela me abraçou, ainda chorando e eu abracei ela de volta.

Meu lar, minha paz!

Samuel : Pede desculpas não, pô. Só fica comigo. - Ela me olhou confusa. - É isso mermo que tu tá ouvindo. - Ela riu.

Amanda : Moleque, eu ainda te mato! - Eu ri, e beijei a testa dela.

Meu coração ficou até em paz, irmão!

Amor de Fim de Noite. (CONCLUÍDO) Onde histórias criam vida. Descubra agora