Samuel 🥋
Acordei com uma dor de cabeça irritante do lado esquerdo da minha cabeça. Abri os olhos lentamente, vendo que já tinha amanhecido.
Respirei fundo, e peguei meu celular que tava jogado por cima da minha cama.
Escutei alguém bater na porta, e deduzi ser a Carol.
Carol : Com licença, o senhor vai tomar café? - Assenti, e ela riu fraca, saindo do quarto.
Vi mensagem da Giulia, avisando que ia vir aqui. Lá vem! Eu não quero papo com ela agora, então eu disse que ia sair e não ia ter tempo.
Garota ultimamente só tá fodendo com a minha cabeça. Ela não era assim, pô. Não sei o que ta rolando com essa filha da puta!
Larguei meu celular na cama, e fui tomar meu banho.
***
Desci pra cozinha, e meu café já tava na mesa. Vi a minha irmã no sofá, lendo a mesma revista de sempre.
Samuel : Tu não cansa de ler essa revista não? - Ela me olhou, e riu.
Sara : São de editoras diferentes, bobão! - Concordei, me sentando na mesa e ela continuou lendo.
Samuel : Sara, como era nosso pai? - Ela parou de ler, mantendo os olhos fixados na revista.
Eu nunca perguntei isso pra ela, até porquê, ela chorava toda vez. Mas as vezes, eu tenho curiosidade.
Sara : Ele.. ele era incrível! Apesar da vida errada, ele fez de tudo por mim. Pra me tirar da minha mãe, pra me fazer feliz. - Ela me olhou, segurando as lágrimas. - Eu só tinha cinco anos, mas eu lembro como se fosse ontem, quando ele chegou pra me tirar da casa da minha mãe. Eu menininha, brincando de boneca na porta de casa, sozinha e com fome. Ele tinha chegado, e tinha trago mais brinquedos pra mim. - Escorreu lágrimas pelo olho dela, e eu parei de comer, indo até ela. - Ele me pegou no colo e disse que ia me tirar daquela casa horrenda. - Ela chorou, e eu abracei ela. - Ele era meu herói sem capa, era meu protetor e meu melhor amigo. Eu queria muito que ele estivesse aqui.
Eu acolhi ela nos meu braços, e beijei a testa dela.
Samuel : Me desculpa por perguntar isso, mas é que eu tenho curiosidade em saber dele. - Ela assentiu, saindo do meu colo e passando a mão pelo meu rosto.
Sara : Tá tudo bem, meu garoto! Eu amo falar dele, mas eu choro. - Ela riu, limpando as lágrimas. - Tu é a cara dele! - Eu ri.
Samuel : Então ele era lindão! - Ela riu.
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Amor de Fim de Noite. (CONCLUÍDO)
Teen Fiction+16 |Segunda parte do livro "Alma da Favela." Maktub, particípio passado do verbo kitab É a expressão característica do fatalismo muçulmano Maktub significa: estava escrito Ou melhor: tinha que acontecer Essa expressiva palavra dita nos momentos de...