Capítulo 20

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Vidal ⛓️

Depois de horas de viagem, eu cheguei. Eu cheguei a minha casa de novo.

Pô, bate até uma emoção! De cara, eu vi o Vitti.

Ele ficou paralisado, não sabia nem o que fazer.

Vidal : Sou eu, pau no cu! Vem cá. - Soltei minha mochila, e ele veio com um sorriso no rosto. - Não chora não, irmão! Tô de volta, tô de volta! - Ele me abraçou forte, quase chorando.

Vitti : Faz isso não, porra! Eu tô velho! Morro de infarto fácil. - Eu ri, ainda abraçando ele forte. - Eu achei que tu tinha morrido, eu te procurei tanto. Ninguém entendeu legal teu sumiço, irmão! - Me separei dela.

Vidal : Vivi muito, me fodi mais ainda. Passei por muita parada esses anos todos, faixa! Não foi fácil, mas eu tô de pé. - Bati na mão dele, que me puxou pra um abraço.

Tem muito moleque novo, não conheço a metade.

Mas ainda sim, sinto por eles estarem nessa vida.

Vitti : Tu vai me contar tudo que rolou contigo esses anos todos, sacou? Vai passar a visão de tu ter sumido. Mas isso aí, eu já imagino. - Subi o morro com ele, vendo como isso tinha mudado.

Passei em frente a casa da Letícia, e fiquei lembrando da primeira vez que ela passou aqui, e eu joguei uma cantada feia pra caralho pra ela.

•••

Geral tá feliz com a minha volta, e a minha mãe principalmente, por saber que eu não morri.

Não perguntei sobre a Letícia ainda. Mas pelo o que eu ouvi, ela não mora mais aqui. Quem liga? Espero que ela esteja feliz.

Conheci meu sobrinho, e ele é a cara do Lucas.

Vidal : Quem é o pai do moleque? - Virei pra Emily, que tava de costas pra mim, lavando louça.

Emily : Não fode, Vidal! - Me olhou com desprezo.

Vidal : Disse pra ele que o pai dele era o Bial? Não fode tu. O moleque é a cara do Lucas. - Falei baixo.

Emily : Não é teu respeito não, Vidal. Se liga, em! Vai cuidar da tua vida. - Secou as mãos, saindo de perto de mim.

Timberg : Irmão, tem mais cerveja aqui. - Assenti.

Fadigado disso!

Vi minha mãe saindo do quarto com dificuldade, e fui até ela.

Ela já tá velhinha, pô. Minha mãezinha! Ajudei ela a sentar no sofá, e tava um barulho de som alto pra caralho.

Ajeitei ela no sofá, e depois sai. Precisava de um ar, pô.

Saí pra fora, me encostei na parede, acendi meu cigarro, e porra.. como é bom estar de volta!

Melhor sensação!

Ouvi a voz do Guilherme, e vi ele fumando, na presença de um moleque. Ele olhava pra mim, e eu encarava.

Quem é esse? Novo integrante da favela e ninguém me disse?

Caralho, viagem!

Ele desviou a atenção pro celular, e fez toque com o Guilherme. Dá pra ver que eles são próximos.

Ele continuou me olhando, e eu cumprimentei.

Vai saber quem é, né?



Amor de Fim de Noite. (CONCLUÍDO) Onde histórias criam vida. Descubra agora