10 horas de viagem mais cansativa e exaustiva que eu já tive. Não dá! Já são doze da madrugada, e eu não tenho idéia do quê eu vou fazer.
Desembarquei no aeroporto do Rio, respirando um ar calmo. Sensação indescritível.
Vejo as pessoas transitando de um lado para o outro, como se soubessem para onde iriam.
Respirei mais um pouco, e sentei no banco que tinha lá.
Tô cansada! No mesmo minuto em que sentei, peguei meu celular, chamando outro uber pra ir pro Jacarezinho. E não achei nenhum.
Avisei minha tia que já tinha chegado. Espero que ela não esteja dormindo.
Pra minha sorte, ela ainda está me esperando.
Olhei pra fora do aeroporto, e vi que tava escurinho. Procurei um táxi, e achei um filho de Deus.
Mas claro, ele cobra mais caro. O preconceito.. Mas eu entendo o lado deles, não é fácil entrar em favela.
Xxx : Jacarezinho, certo? - Assenti, e ele ligou o carro. - Não é por nada não, moça.. Mas a senhora tem conhecidos lá ou vai de primeira?
Amanda : Tenho família lá. - Ele assentiu.
Xxx : Não é querendo me meter na sua vida, é que eu fiquei preocupado. Ali não é terra de gente que vai de primeira não, viu? Os bandidos são perigosos quando se sentem ameaçados. Imagina uma hora dessas, que a senhora está sozinha. - Concordei.
Amanda : Eu tenho medo, pois já fazem anos que eu pisei lá. - Ele concordou.
O resto do caminho foi calmo, ele não conversou mais comigo e permaneceu em silêncio.
Do aeroporto Tom Jobim pro Jacarezinho, são vinte minutos. Passou rapidinho.
Ele estacionou o carro, saindo do mesmo e indo abrir o porta malas.
Vi minha tia me esperando, e meu coração palpitou de alegria. Ele tirou minhas malas, e eu nem consegui mais me concentrar em nada.
Paguei o moço, e fui correndo abraçar ela, que abriu um sorriso enorme e os braços também.
Ludmila : Princesa da tia! - Me abraçou forte, beijando meu cabelo.
Amanda : Eu tava com saudades, tia.. Muitas mesmo! - Abracei mais forte ainda.
Ficamos uns minutinhos nos abraçando, e logo me separei.
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Amor de Fim de Noite. (CONCLUÍDO)
Teen Fiction+16 |Segunda parte do livro "Alma da Favela." Maktub, particípio passado do verbo kitab É a expressão característica do fatalismo muçulmano Maktub significa: estava escrito Ou melhor: tinha que acontecer Essa expressiva palavra dita nos momentos de...