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Bárbara Laurent, point off view

Decididamente eu acordei com instinto assassino

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Decididamente eu acordei com instinto assassino. Primeiro eu quis matar minha irmã. Torcer seu pescoço de galinha até deixá-la fraca no chão. Victor estava comigo e nem olhava uma segunda vez para ela. E ainda assim ela insistia, quase pulando de pernas abertas no colo dele. Mas tive vontade de espancar meus pais. A predileção deles por Maya era quase irritante. Minha mãe só faltava limpar os pés dela. E meu pai puxava o saco de Victor, exaltando as qualidades da Maya.

Eu era apenas um ser estranho, parado entre eles como se nem existisse. O patinho feio da família, renegado a último plano. E por fim eu tive vontade de matar Victor. O que esse maldito pretendia afinal? Primeiro me masturbou sob a mesa, me fazendo gozar praticamente debaixo do nariz da minha família. Sem contar as insinuações, as perguntas cheias de segundas intenções, meu Deus, ele queria que eu fosse escorraçada dali? Bom, se era essa a intenção, se ferrou. Minha família era tola demais, cega demais para não perceber que Victor sequer olhava pra Maya.

Qual era a dele afinal? Sinceramente eu não estava conseguindo captar qual era sua intenção. Estávamos na sala, logo após o jantar, bebericando um café. E a babaquice continuava. Eu só não entendia onde Victor queria chegar falando sobre seu casamento e seu provável divórcio. E pior, sua assessora iria com ele para Londres. Sei que se referia a mim. Então tudo ficou claro quando ele disse que estava apaixonado, mas esse ainda não era um pedido de casamento. Foi exatamente isso que ele me disse quando me deu o anel. Meu Deus! Victor era mais terrível do que imaginei. Ele queria realmente que minha família pensasse que ele se referia a Maya.

Tanto que ela colocou a mão no peito e sorriu. E o louco do meu pai aceitou antes mesmo que ele terminasse de falar. Senti meu coração disparar e minhas pernas fraquejaram quando Victor pegou o meu anel e mostrou ao meu pai. Pelo canto do olho vi que minha mãe fazia um sinal positivo para Maya.

-- Dê-me sua mão, amor.

Foi instantâneo. Ergui minha mão, olhando para Victor quase sem acreditar. Deslizou o anel em meu dedo e segurou meu rosto. Eu quase desmaiei diante do seu olhar intenso.

-- Eu amo você. Estou completamente louco de amor por você.

Eu não estava ouvindo isso, não mesmo. Victor me amava? Era isso mesmo? Talvez meu cérebro cansado, entorpecido de tantos orgasmos tenha ficado meio lerdo. Embora eu tenha entendido seu pedido anterior como um pedido de casamento, eu não imaginei que fosse por amor. Aliás, eu nem sei que merda eu pensei.

Victor me abraçou e sua boca cobriu a minha. A principio ouvi apenas o berro de Maya e a voz incrédula da minha mãe: é um pesadelo. E depois meu cérebro se desligou completamente. Apenas sentia o beijo apaixonado, mas contido de Victor.

-- Que palhaçada é essa, Victor? -- A voz do meu pai soou alta e irritada.

-- Como assim, palhaçada? Eu acabei de dizer que estou assumindo um compromisso com sua filha e você aceitou. -- Meu pai estava lívido e minha mãe ajudava Maya a se sentar no sofá.

𝗹𝘂𝘅𝘂𝗿𝗶𝗮Onde histórias criam vida. Descubra agora