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Bela maneira de ser recepcionada em Londres. Nesse lugar lindo, de onde via a cidade de braços abertos para mim e ao lado desse homem espetacular. Apenas abraçado ao meu corpo, atrás de mim e encostado na moto, ele me fazia viajar. Os braços fortes se fechavam cada vez mais ao meu redor e a boca macia percorria meu pescoço. A barba por fazer causava sensações indescritíveis em minha pele.
-- É lindo, não é?
-- Sim. E fica ainda mais lindo com você ao meu lado.
-- Mentirosa.
-- Sabe que não sou.
-- Eu sei. Não seria maluca de mentir para um homem bravo feito eu. -- Eu ri alto, acompanhada por ele.
-- Bravo. Parece um cordeirinho, Victor.
-- Antes você falava que eu parecia um leão.
-- Para certos assuntos.
Ele mordeu meu ombro e ficamos em silêncio, apenas observando a noite.
-- Já se decidiu sobre o que fazer? Em relação ao seu casamento?
-- Não há o que decidir. É divórcio e fim de papo.
-- Mas você conversará com ela não é?
-- Por mim, não. Eu quis conversar com ela. Ela me enrolou e ainda com a ajuda da mãe. Agora sou eu que não quero mais conversa.
-- Mas sempre dizem que conversando a gente se entende.
-- Também pensava assim. Mas vamos deixar esse assunto de lado?
-- E se eles não gostarem de mim? Digo, sua família.
-- Eu mando todos se fuderem.
Virei meu rosto para olhá-lo. E não é que ele estava sério? Deus, será que eu fiz isso com esse homem?
-- Está tão bom aqui. Mas não é melhor irmos embora? Eu tenho que te comer na cama ainda.
-- Deus do céu, Victor. Você toma alguma coisa? Não é possível.
-- Tomo elixir levanta pau. A marca é Bárbara Laurent, conhece?
Eu ri alto mais uma vez. Victor era uma figura. E eu o amava com loucura.
-- Vamos embora.
-- Assim que eu gosto. Garotinha obediente ganha pirulito depois.
Apenas balancei a cabeça prendendo meu riso. Victor me entregou o capacete, mas antes de subir na moto me olhou de forma estranha.
