twenty one

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bárbara laurent, point of view

Não sei por que, mas eu sentia que Victor estava tramando alguma coisa

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Não sei por que, mas eu sentia que Victor estava tramando alguma coisa. E algo pervertido, diga-se de passagem. Embora ele jurasse com a cara mais inocente do mundo, eu duvidava. Sua mente pervertida vivia pensando maneiras mirabolantes de fazermos sexo. Não estou reclamando. Mas a questão era que ele sempre me pegava de surpresa. Às vezes tinha até medo das ideias malucas dele. Aquela moto em movimento ainda rondava meus pensamentos.

Por outro lado, eu estava satisfeita em ir com ele para esse sítio. Passamos por momentos realmente atribulados e acho que nossa mente merecia um pouco de descanso. Nosso corpo nem tanto. Victor estava tranquilo, feliz. Foi assoviando e cantando durante todo o percurso.

-- Seus pais vão lá sempre?

-- Sim. Mas faz pouco mais de um mês que não vão até la. Por isso mesmo pedi ao Jonathan para abastecer tudo pra gente.

-- Quem é Jonathan?

-- É o rapaz que toma conta de lá. Mas não se preocupe que ele não ficará. Imagine só se vou permitir outro homem por perto sabendo que você usará um biquíni.

-- Você não é ciumento.

-- Eu não teria tanta certeza.

Às vezes realmente ele se mostrava meio possessivo. Mas ciumento, ele não tinha motivos pra isso.

Demoramos quase uma hora para chegarmos ao sitio. E eu não vi nada de pequeno e simples ali. Estava mais para uma fazenda de pequeno porte, isso sim. A casa era rodeada por imensos jardins e algumas árvores frutíferas. De onde estávamos consegui avistar um pequeno campo de futebol, uma piscina pequena e uma área cercada, onde provavelmente montavam a cavalo.

-- Ai que lugar mais lindo Victor. Dá vontade de morar aqui.

-- Não é? Eu amo essa vida ao ar livre, esse cheirinho bom de mato, de terra.

-- Transmite uma sensação boa de paz e tranquilidade.

-- Vai ver só quando formos até a piscina natural. Era o lugar onde eu me sentia mais em paz comigo mesmo.

-- Era? Não é mais?

-- Ainda é. Mas o primeiro lugar onde me sinto assim agora é ao seu lado. -- Não resisti e me atirei nos braços dele, beijando-o. -- Maluquinha. Eu te amo.

Ele abriu o porta malas e pegou nossas coisas, abraçando-me e entrando juntos em casa. Por dentro era ainda mais aconchegante.

-- Vamos até o quarto. Enquanto você se troca eu selarei o Heros.

-- Selar? Mas Victor, eu não sei cavalgar.

-- Bárbara, meu amor, se tem uma coisa que você sabe fazer e com maestria é cavalgar.

𝗹𝘂𝘅𝘂𝗿𝗶𝗮Onde histórias criam vida. Descubra agora