twenty four

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victor augusto, point off view

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Bárbara estava chorando. Chorando copiosamente e eu me odiei por isso. Meus olhos continuavam fixos nos seios dela, agora tão cheios e ainda mais suculentos. Eu me afastei, mas resolvi que não poderia mais fazer isso. Não poderia vê-la sofrendo desse jeito.

-- Bárbara, me desculpe por ter dito isso. Não quero que chore. Mas sinceramente você me ofende desse jeito.

-- O que? Do que está falando?

Eu me sentei novamente, segurando sua mão. Seus olhos já começavam a ficar inchados e seu nariz estava vermelho. Como eu amava essa mulher. Às vezes eu me perguntava se isso era realmente possível. Apenas quatro meses juntos e eu sentia que jamais conseguiria respirar novamente se não a tivesse aqui. Mas será que o tempo era realmente importante quando se tratava de amor? Acho que não. Passei meu dedo lentamente pelo seu rosto, olhando atentamente em seus olhos.

-- Quando é que pretendia me contar?

-- Contar?

-- Você acha que eu sou apenas um safado, um tarado por sexo que não pensa em outra coisa? Acha mesmo que não reparei que seu corpo está mudado? Claro. Pouca coisa, mas está. E outra bem básica. Você não me afastou em nenhum dia durante esses meses. Claro que não fazemos sexo todo dia, mas eu faço carícias em você e porra, o que eu quero dizer é que você não estava menstruando Bárbara. Eu queria ter ido ao médico com você. Eu queria ter aberto o resultado do exame com você, queria ter chorado com você quando soube que teria um filho meu.

Por fim eu desabafei. Sei que fui sacana ao fazer isso mas eu realmente me senti excluído. Eu sonhava em fazer tudo com ela. Primeiro nossa desconfiança de uma gravidez. Depois nós dois indo ao médico, exame, resultado, consultas, enxoval. Era importante para mim. Entretanto eu não poderia culpá-la completamente e continuar massacrando-a. Eu nunca falei, como ela poderia saber? Bárbara apenas me olhava com olhos arregalados.

-- Você, então você sabia?

-- Como eu disse, eu estou atento a tudo o que diz respeito a você Bárbara, e isso inclui obviamente o seu corpo.

-- Meu Deus, e agora? O que faremos agora?

-- Como assim? Faremos tudo que uma gestante deve fazer.

-- Mas, você disse que queria adiar. Filhos só daqui a cinco anos.

Eu segurei em seu rosto, abismado por ela não ter percebido a verdade ainda.

-- Meu Deus, amor. Não vê que tudo o que falei foi da boca para fora? Eu estava chateado por você ter demorado para me contar? Eu quero esse filho. Quero tudo com você e não quero esperar nada.
-- Mais lágrimas dessa vez acompanhadas por soluços.

𝗹𝘂𝘅𝘂𝗿𝗶𝗮Onde histórias criam vida. Descubra agora