nineteen

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bárbara laurent, point off view

Se apenas o ódio fosse capaz de matar uma pessoa, com certeza estaríamos rezando a missa de sétimo dia de Maya

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Se apenas o ódio fosse capaz de matar uma pessoa, com certeza estaríamos rezando a missa de sétimo dia de Maya. Estava com tanta raiva, mas tanta raiva dela que tive vontade de avançar nela e despentear aquela peruca que ela chamava de cabelo. Como assim? Acusar o meu Victor de assédio sexual? Maya era retardada mental ou o que? Esse truque era mais velho que andar pra frente. O pior disso é que nem todo homem é como Victor. Na certa aqueles policiais estavam achando Maya a mulher mais gostosa do planeta. Olhavam pra ela com cara de cachorro pidão e com certeza estavam acreditando nos absurdos que ela disse. Meu sangue fervia de ódio.

Pior de tudo era ver Victor naquela calmaria. Apenas me beijou na frente de Maya e da ordinária da minha mãe que chegou pouco depois. Fez um gesto com a mão para que eu tivesse calma. Como, calma? Eu queria matar uma, ou duas, ou três, porque a vadia da esposa de Victor também poderia entrar no pacote.

Agora estava eu aqui na delegacia, andando de um lado a outro enquanto aguardava Victor e Maya saírem. Pior era ouvir minha mãe matraqueando ao celular com meu pai.

-- É isso. Essas pessoas acham que por terem dinheiro podem tudo. Aposto como quis alguma coisa com Maya e ela claro recusou, agora que sabe que ele e Bárbara estão tendo um caso. Maya é linda, obviamente ele a agarrou e...

Não aguentei. Caminhei até minha mãe e arranquei o celular da mão dela jogando-o contra a parede.

-- Ordinária, que espécie de mãe é você? Tudo bem se quer lamber o chão que Maya pisa, mas daí a participar dessa coisa ridícula? Acordem pra vida, Victor tem como provar que ele não fez nada. Vocês são burras? Ou andam usando drogas demais?

-- Mais respeito com sua mãe, mocinha.

-- Respeito? Eu dou respeito a quem me tem respeito e a quem merece respeito. Vocês duas mereciam uma surra pra aprender a ser gente. Aprender a perder com dignidade. E no caso de Victor. Ser mulher para Victor não é simplesmente abrir as pernas pra ele. E é so isso que Maya sabe fazer já que a cabeça é oca e o cérebro não passa de uma ervilha murcha.

-- Bárbara Laurent, não vou permitir que fale assim...

-- Não vai permitir merda nenhuma, quem é você pra me impedir de alguma coisa? Sou maior de idade, não dependo de vocês pra nada. Agora preste atenção em uma coisa e estenda esse recado à sua queridinha, deixem Victor em paz. E pode escrever, eu irei atrás dela pelo que fez a ele hoje.

-- Hum, como está mudada. Se bem que pra quem era santinha, agora está com um homem casado.

-- Pra você ver como são as coisas, talvez tenha convivido tempo demais com putas, acabei me tornando uma. -- Seu rosto ficou vermelho e ela ergueu a mão para bater em meu rosto.

𝗹𝘂𝘅𝘂𝗿𝗶𝗮Onde histórias criam vida. Descubra agora