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Finalmente eu fiz a coisa certa. Está certo que quando me casei com Beatrice eu imaginei que estava fazendo a coisa certa. Casei-me cego de paixão e agora eu via a grande burrada que fiz. Com Bárbara era diferente. Apesar do desejo intenso e quase insano, havia amor. Sei que muitos não acreditam que pode existir amor em tão pouco tempo de convivência. Eu penso o contrário. Mas é quase impossível explicar. Aliás, amor nem se explica. Sabia apenas que a amava e para mim isso já era o bastante. Sem contar que ela embarca comigo em todas as minhas loucuras. A gente se completa, essa era a verdade.
Quando estava no shopping com ela e vi o anel, eu percebi que era isso o que deveria fazer. Esse novo anel era apenas para mimar a minha garota. Minha situação com Beatrice ainda não estava completamente resolvida. Na manhã seguinte eu liguei para Carol e pedi que mandasse flores com o anel. O cartão ela mesma escreveu, com as palavras que ditei a ela. Claro que tive que ouvir uma zoação, mas deixei passar. Acho que Bárbara estava precisando de momentos mais carinhosos e menos libidinosos. Ela nunca reclamou, mas eu sei que mulheres apreciam esses momentos. Para ser sincero eu também sou assim, fui assim com Beatrice, mas isso acabou se perdendo com o tempo. E depois veio Bárbara e me deixou completamente ensandecido e pervertido.
-- Do que você está rindo?
-- Estou me lembrando das palavras do meu pai. Que eu era tão puritano que ele pensou que eu fosse gay. --Eu ri alto, jogando minha cabeça para trás.
Bárbara estava sentada ao meu lado. Não suportaria nem um metro longe dela. Já tínhamos saído para almoçar e agora estávamos firmes no projeto para as lojas menos frequentadas. Entretanto minha atenção era sempre desviada para o anel brilhando em seu dedo.
Minha. Inteiramente minha. Nosso primeiro dia trabalhando juntos. Eu não fazia ideia de como isso era bom. Era assim que eu pretendia levar nossa vida, dividindo todos os nossos momentos.
-- Victor, e o presente da Carol? Você enrolou e acabou não comprando nada.
-- Poderemos fazer isso hoje à noite se não estiver cansada.
-- Estou um pouco, mas amanhã não teremos tempo. Mas nada de cinema, por favor.
-- Nem começamos nossa vida sexual e já está ficando frouxa?
-- Nem começamos? Victor você tem certeza que fez sexo durante a sua adolescência? --Estreitei meus olhos, fazendo cara de bravo para ela.
-- Fiz e muito. Só que antes eu não tinha encontrado uma gostosa que me deixava pervertido, ok? --Ela balançou a cabeça sem se importar com a provocação.
-- Seus hormônios ainda não saíram do jardim de infância.
-- E você está agindo como uma velha de oitenta anos, sem querer sexo. --Ela me encarou.