O policial havia dito que Ji-Hae e Sehun deveriam esperar em casa. Assim que o levantamento inicial do ocorrido ofsse feito, eles seriam comunicados e prestariam depoimento formal na delegacia. Enquanto isso, deveriam descansar, já que a Kamong, agora uma cena de crime, ficaria fechada por muito tempo.
- Mas, sargento, nossos amigos provavelmente são as vítimas. Não podemos deixá-los assim e simplesmente esperar em casa! - Ji-Hae estava nervosa, ansiosa.
- Ué, a senhora não estava passando mal? Não voltou do hospital agora? Descansa em casa porque é melhor do que passar mal aqui ou na delegacia.
- Escuta aqui, sargento! - Ji-Hae estava pronta para comprar uma briga com o policial, mas Sehun interviu e a interrompeu.
- Sargento, o dia foi muito longo para ela. Vou levá-la para casa imediatamente. Posso deixar nossos cartões de visita com o senhor e anotar atrás o endereço, caso possa facilitar seu trabalho.
- Que seja. Deixa com o rapaz que falou com a baixinha folgada mais cedo.
- BAIXINHA FOLGADA? ELE ME CHAMOU DE BAIXINHA FOLGADA?
Sehun apenas pegou Ji-Hae pela mão e a tirou dali, a levando novamente para o carro.
- SEHUN, AQUELE HOMEM ME CHAMOU DE BAIXINHA FOLGADA E VOCÊ NÃO ME DEIXOU FAZER NADA? VOCÊ TÁ MALUCO, OH SE-HUN? - Ji-Hae explodiu assim que entrou no carro.
- Meu amor, me diz com toda a sinceridade. Como é que isso ia trazer algum bem pra gente, pra Min-Hwa, pro Suho e para o nosso filho?
- VOCÊ ENTÃO ACHA CERTO DEIXAR ELE FALAR COMIGO DO JEITO QUE ELE BEM ENTENDER?
- Noona, lembra aquela respiração que eu te ensinei? Pra você se acalmar? É um excelente momento para você começar. Pensa no neném, amor.
- EM MIM NINGUÉM PENSA?
- Ji-Hae, se eu não pensasse em você, eu teria deixado você arrumar encrenca com o policial. Aí você seria presa por desacato, ia passar a noite na delegacia, pagar uma multa imensa se ele aceitasse acordo e não ia poder fazer absolutamente nada nem pela Min-Hwa, nem pelo Suho.
- Então por que VOCÊ não fez alguma coisa pra me defender?
- Ji-Hae, o que você queria que eu fizesse? Pegasse a porra de uma cadeira pra você subir e bater no policial? Se acalma, pelo amor de todas as divindades. O dia hoje foi longo, foi uma puta de uma montanha russa pra mim, pra você e pro nosso bebê. Você quer descontar o stress de hoje em mim? Beleza, eu não me importo. Mas será que você consegue esperar eu chegar em casa e descontar quando eu não estiver dirigindo?
Ji-Hae bufou de raiva, cruzou os braços e não disse mais nenhuma palavra até chegarem em casa. Sehun colocou o carro na vaga de Ji-Hae no estacionamento do prédio com facilidade e parou o carro sem abrir as portas.
- Amor, eu não deveria ter falado com você desse jeito. Foi errado e eu vou fazer de tudo para que não aconteça de novo.
- Tá. - ela abriu a porta do carro com força e saiu irritada, direto para o elevador. Sehun pacientemente a seguiu e se posicionou atrás dela.
- Noona, fala comigo...
- Não sei, Sehun... Eu sou tão baixinha que você não deve escutar daí de cima.
Ele agradeceu por estar fora do seu alcance de visão, porque segurar aquela gargalhada foi muito, muito difícil. Ele se recompôs e a abraçou por trás.
- Você não vai ficar com dor de coluna tendo que se curvar tanto para me abraçar aqui quase na altura do chão?
Ele a pegou no colo e deu um beijo na sua testa.
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Do Outro Lado do Oceano
FanfictionJi-Hae era uma mulher comum, com uma vida bem tediosa. Até que, decidida a melhorar seu currículo e conseguir o emprego dos seus sonhos, ela encontra Hee num aplicativo de aprendizado. Sua vida nunca mais foi a mesma.