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Enfim, estavam acomodados na casa de Ji-Hae Min-Hwa e Suho, no quarto de hóspedes, com um banheiro só para os dois, e Sehun, no quarto principal com ela. Min-Hwa e Ji-Hae estavam muito confortáveis, mas Sehun e Suho, principalmente Sehun, estavam meio sem graça ainda. 

- Noona, vou arrumar a casa para você, tá?

Eles estavam no quarto e Sehun estava ao lado da sua mal.

- Sehunnie, vamos arrumar primeiro as suas coisas no armário, tá?

- Não, Noona, você precisa do espaço, pode deixar aqui na mala mesmo.

- Então você quer garantir que possa sair correndo se assim que você enjoar de mim?

Sehun se assustou.

- Não, não, Noona, não é nada disso. Você sabe... Eu só não quero te incomodar.

- Então, vamos combinar assim. A minha casa, por tempo indeterminado, vai ser a sua casa. Eu quero que você se sinta confortável aqui. Eu quero que você se sinta bem perto de mim, aqui em casa. Não é como se você fosse um estranho, não é como se nós dois não fôssemos próximos. 

- Eu acho que preciso de um tempo para me acostumar ainda, Noona. - ele disse com um sorriso sem graça, coçando a própria nuca.

- Tudo bem, meu anjo. Mas vamos arrumar suas coisas no armário tá? Você precisa começar de algum lugar.

Ele assentiu com a cabeça e os dois começaram a arrumar tudo. Quando estavam quase terminando, ouviram um barulho alto, de algo quebrando, vindo de fora do quarto. Os dois saíram correndo. Na sala, a porta estava no chão. Suho saiu correndo do banheiro, vestindo apenas uma bermuda. Min-Hwa não estava em lugar algum pela casa.

- Suho, cadê a Min-Hwa?

- Ela estava no quarto de hóspedes arrumando as coisas dela no armário.

Sehun correu para o quarto. Ela não estava lá. No espelho da penteadeira, uma nota escrita com batom vermelho.

- Escolha: ou você tem o Jong-In de volta, ou você tem a Min-Hwa de volta. Os dois você não pode ter.

Ji-Hae sentou no chão e enfiou a cabeça entre os joelhos flexionados. As lágrimas corriam pelo seu rosto enquanto Suho socava a parede de raiva. Sehun pegou o telefone e ligou para o atendimento de emergência. Nenhum dos três sabia o que dizer. Sehun se pegou perdido entre consolar Ji-Hae e Suho, abraçando a mulher com um dos braços e dando batidinhas no ombro de Suho com o outro. 

Em cinco minutos, a polícia havia chegado. Ji-Hae precisou contar o que estava acontecendo e precisou voltar para meses atrás, desde que Lisa entrou na história. Mostrou todas as conversas com ele por mensagem de texto e não deixou de lado nenhum dos diálogos que tiveram por telefone. Pegou também a caixa de fotos que recebera por último, mostrando Hee drogando Jong-In. E por fim, não havia mais nada a falar. A polícia coletou material e isolou a casa. 

- Senhora Min Ji-Hae, precisaremos que vocês saiam da casa para que possamos prosseguir com a investigação. Sua casa agora é cena de um crime.

- Claro, sem problemas. Posso só arrumar algumas coisas para não sair com a roupa do corpo?

- Sim, claro. Seria ideal que a senhora empacotasse roupas para pelo menos três semanas, dando a senhora um margem de erro.

Ela chegou ao quarto, pegou a mala e foi arrumar suas coisas. A mala de Sehun estava metade arrumada, metade desarrumada. Ela riu.

- No final das contas, o desconforto dele foi bem prático.

Do Outro Lado do OceanoOnde histórias criam vida. Descubra agora