- Oi, Ji-Hae. Que bom que você atendeu.
- Jong-In, você está bem? - Min-Hwa entrou no escritório e Ji-Hae rapidamente ela colocou a ligação no viva-voz.
- Sim, estou, mas não é como se eu te devesse satisfação, Ji-Hae.
Ela se chocou. Nini jamais havia falado assim com ela, nem nas suas piores brigas.
- Não, você realmente não me deve satisfação, mas você poderia pelo menos dar notícias à sua irmã e à sua mãe. Sua irmã tem recebido ligações da polícia da China a respeito de corpos que são encontrados em Beijing e têm uma descrição parecida com a sua. Não tem a ver comigo, Jong-In, tem a ver com um monte de gente preocupada com você.
- A Min-Hwa parecia estar confortável com a ideia de cortar laços comigo por sua causa, então ela pode agir como se não tivesse um irmão. Minha mãe vai sobreviver, a Min-Hwa vai saber como contornar a situação. E você... Foi você quem escolheu me deixar, não é mesmo?
- Foi você quem escolheu me trair, Jong-In.
- E você pode me culpar? Se você olhar a Lisa direitinho, você vai entender bem rápido porque eu estou com ela e não com você.
- Por que você precisa ir tão baixo, Jong-In?
- Enfim, eu estou vivo e nunca estive melhor. Me esqueçam e parem de me procurar. Eu não vou voltar para a Coreia, Min Ji-Hae. Eu nunca mais vou botar o pé na Coreia outra vez. Como vocês vão lidar com isso, não é problema meu. Se virem e me esqueçam.
E assim ele desligou o telefone.
Min-Hwa sentou no sofá. Ji-Hae sentou na cadeira de convidados. Nenhuma das duas tinha reação. Sehun e Suho rapidamente correram até a cozinha para preparar algo para as duas. Nenhuma das duas conseguia articular palavras ou se mexer. Ficaram assim, sem noção de tempo, sem saber o que fazer. Nenhuma delas percebeu o espresso ou o chá verde sobre a mesinha de centro do escritório, ou os olhares preocupados dos funcionários. Por fim, depois de um tempo, que poderia ter sido 10 minutos ou 2 horas, Min-Hwa quebrou o silêncio.
- Jong-In é um homem adulto e plenamente responsável pelas suas escolhas. Ele fez a escolha dele de abandonar uma vida inteira, um emprego, uma família em função de uma mulher que ele mal conhecia. A escolha dele nos machuca? Bastante. Mas não é nossa responsabilidade nos preocupar mais com ele. Ele está bem. Ele está onde quer estar. Ele optou por nos tirar da vida dele. Então, só nos cabe respeitar a sua escolha.
- Mas Min-Hwa, eu não entendo... Não é a mesma pessoa, não era ela, não era o Nini... Eu sei que tem algo de errado com ele, Min-Hwa! - Ji-Hae estava furiosa. As lágrimas que lhe molhavam o rosto naquele momento não eram mais lágrimas de medo, tristeza, culpa ou dor. Apenas raiva existia dentro dela e aquele fogo furioso não parecia que se apagaria tão cedo.
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Duas semanas se passaram. Ji-Hae estava metodicamente evitando Hee e passava a maior parte do seu tempo com a cabeça afundada no trabalho. Com Se-Hun, ela se sentiu à vontade para conversar e explicar que precisava digerir tudo o que houvera escutado e ele concordou. Já com Hee, ela sabia que seria diferente. Ela sabia que ele tentaria transformar tudo em algo pessoal e, sinceramente, paciência ela não tinha. No entanto, aquela situação já tinha ido longe demais e Ji-Hae sabia disso.
- Se-Hunnie, vem cá.
- Oi, Noona.
- Hoje eu quero que nós dois atendamos a reunião da empresa do Hee. Quero saber se você vai ficar confortável com isso.
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Do Outro Lado do Oceano
Fiksi PenggemarJi-Hae era uma mulher comum, com uma vida bem tediosa. Até que, decidida a melhorar seu currículo e conseguir o emprego dos seus sonhos, ela encontra Hee num aplicativo de aprendizado. Sua vida nunca mais foi a mesma.