Capítulo 7.

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DONNA SORRENTINO

Suspiro pela trigésima vez desde que saí da boate ou melhor... — Prostíbulo.

Aguilar aguarda-me um pouco mais longe, quando na verdade queria ficar completamente sozinha. Não posso negar que tive um pouco de esperanças que Gael realmente estivesse nos levando à sério.

Cometi um grave erro ao acreditar nisso!

O pior de tudo é que já me entreguei e não posso mais mudar o passado. — Dou uma última olhada para o grande lago em meio a cidade e logo depois vou caminhando até o carro. Aguilar lança-me um olhar de pena, tanto que digo:

— Não precisa sentir pena. Estou tomando isso como uma lição e um aviso de que Gael não merece absolutamente nenhum sentimento que não seja ódio por minha parte. Por favor, apenas leve-me de volta a meu inferno particular. — Sem dizer uma única palavra, o homem à minha frente apenas assente e abre a porta do passageiro para mim.

MANSÃO SANTORO

Adentro a casa e logo dou de cara com um Gael muito zangado. — Quando na verdade, era para eu estar assim. — E mais atrás está Giovanni, tranquilamente sentado em um sofá, bebendo tequila.

— Onde diabos você se meteu? — Gael pergunta enquanto vem em minha direção. E antes que pudesse fazer algo contra mim, Aguilar se põe a minha frente e o impede de seguir com sua ira. — O que pensa que está fazendo? Saia da minha frente! — Rosna, mas antes que Aguilar o respondesse, Giovanni diz com sua voz gélida:

— Aguilar agora é segurança pessoal de Donna, ele irá protegê-la de todos que a tentarem machucar e isso inclui você, fratellino. — Arregalo os olhos.

O que eu perdi? — Enquanto questiono-me, Gael vira-se para Giovanni.

— Irmão, você não pode interferir na relação entre minha mulher e eu.

— Acho que como seu capo, eu posso sim. — Ao dizer isso, seus olhos recaem sobre mim e isso me faz engolir seco.

— Bom, eu vou... Vou dormir, estou cansada. — Dito isso, subo as escadas à passos rápidos e precisos.

GAEL SANTORO

Observo Donna subir e logo depois volto meu olhar para Giovanni. — Nunca estive tão irritado com ele como estou agora.

— Pode ir Aguilar. — Diz meu irmão, ouço os passos de nosso soldado deixando o ambiente.

— A que se deve tudo isso? Antes você queria matá-la imediatamente e agora a está protegendo. Por quê? — Cruzo os braços à minha frente.

— La ragazza é inocente e já que agora faz parte da família, tem que ser protegida, afinal “honramos a família, pois ela vem primeiro". — Bufo e sem paciência para suas baboseiras, vou atrás de Donna.

Dessa vez ela não terá como se safar!

Ao abrir a porta do quarto, ouço o barulho do chuveiro vir do banheiro e constato que a mesma está tomando banho, entro no pequeno espaço silenciosamente e me desfaço das minhas peças de roupas, logo juntando-me a mesma dentro do box e ao perceber minha presença, ela vira-se para mim e acerta-me um tapa.

Fico incrédulo por sua reação, tanto que não digo uma palavra e seguro o local que arde. Mas não permaneço imóvel pela ardência e sim por não esperar por essa reação de sua parte.

— O quê? Achou mesmo que depois de tudo vou me entregar para você? Sonhe Alice! — Sorri ironicamente. — Nunca Gael, escute bem! Nunca mais volte a tocar em mim, prefiro a morte a ter que deitar com um homem tão sujo como você. — Suas palavras de alguma forma mexem comigo e não tenho tempo para falar mais nada, pois a mesma abandona o box, deixando-me sozinho.

O Juiz Mafioso (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora