Capítulo 26.

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DONNA SORRENTINO

— Gael, Donna... — Giovanni falou sem ao menos lembrar que Danna não sabia que bem próximo a ela, estou eu, a pessoa que precisou sacrificar sua vida para salvá-la.

Ambas permanecemos imóveis e pelo que pareceu uma eternidade, alguém finalmente toma a frente e fala:

— Donna? — A voz de Danna ecoa pelo espaço e sua figura aparece na grande sala, com uma expressão de surpresa, ansiedade e felicidade em finalmente por sua vista em mim.

Lágrimas descem por seu rosto e ela se aproxima à passos lentos. Engulo o nó pela garganta e corro até a mesma, envolvendo-lhe em um abraço apertado e cheio de saudade.

— Como senti sua falta, minha irmã... — Diz com a voz embargada pelo choro. Enquanto intensificava ainda seu aperto ao meu redor, como se não quisesse me deixar escapar.

— Il mio vasetto di miele, desculpe-me por tê-la deixado sozinha por tanto tempo. Tudo o que posso dizer, é que foi para seu próprio bem. — Digo com pesar, então nos afastamos e limpo seu rosto molhado. — Mas agora estou aqui e prometo-lhe que não sairei mais de seu lado. — A mesma sorri e nós nos abraçamos mais uma vez.

Logo uma movimentação chama nossa atenção e olhamos para os dois homens, que estavam com seus olhos vermelhos e que disfarçaram ao perceber que nós os observávamos.

— É impressão minha, ou vocês estão chorando? — Pergunto, alternando o olhar entre os dois mafiosos e Giovanni parece se irritar, pois diz:

— Quem está chorando? Caiu um cisco no meu olho e está irritado. Pazza...

— Respeite a minha esposa, maledetto! — Rosna Gael para o irmão, que sorri provocativamente.

— Idiotas. — Falo somente para minha irmã, que ri da situação. — Venha minha querida, venha conhecer seu sobrinho. — A mesma se espanta e me acompanha até Gael, que segura nosso pequenino em seu colo. Então o pego e o ponho no colo de Danna, ela sorri alegremente ao contemplar o rostinho angelical de Luca.

— Espere, também quero ver o moleque. — Diz Giovanni, chegando por trás de minha irmã e segurando-a pela cintura.

Danna não parece se importar ou ao menos perceber o que está acontecendo, Gael e eu trocamos olhares significativos e sorrisos maliciosos.

— Gael, acho que não somos o único casal aqui. E tenho certeza que Luca logo irá ter um priminho para aprontar por toda essa casa. — Gael dá uma gargalhada e os dois finalmente parecem acordar, ambos se afastam como se cada um tivesse uma doença contagiosa.

— Do que está falando? Não vou ter filhos com esse... Esse... — Parece procurar por palavras para denominá-lo. — Esse salafrário.

— Como não vamos ter filhos? Claro que vamos ter filhos, preciso de herdeiros! — Diz Giovanni, parecendo incomodado. Danna entrega-me o bebê.

— Não quero e pronto! — Determina e cruza os braços, então lhe dá as costas e sai rumo a escada, mas logo Giovanni a segue e os dois continuam a trocar farpas.

— Quem diria, não é? — Fala Gael, beijando-me na bochecha e observando nossos irmãos, assim como eu.

— Acho que podemos nos denominar como uma família completa? — Questiono.

— É, podemos. — Diz e assim nós sorrimos um para o outro.

ALGUNS DIAS DEPOIS...

NARRADOR

O tempo se passou tão rapidamente, que Giovanni e Danna aprontavam-se para seu grande dia. Donna ajudava sua irmã mais nova a se arrumar e observando-a emocionada, disse-lhe:

O Juiz Mafioso (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora