Capítulo 10

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DONNA SORRENTINO

Oh, posso julgar por seu tom de voz que Gael parece assustado e isso me causa uma certa curiosidade.

Consequentemente levanto e caminho rumo a sala cuidadosamente, para não chamar a atenção para mim. Deparo-me com uma mulher de pele clara e cabelos ruivos, seus olhos eram verdes e muito expressivos.

Enquanto Gael parece estar congelado, resolvo me aproximar um pouco mais do mesmo e então o pergunto:

— Gael, você está bem? — Acabo por não obter nenhuma resposta e balanço-o pelo ombro, lhe fazendo sair de seu transe. Mas ao invés de me responder, o mesmo questiona:

— O que faz aqui? — Cruzo os braços irritada por o mesmo me ignorar totalmente.

— Gael, preciso de ajuda. Acabo de ser demitida do meu novo emprego e minha mãe está doente, os remédios que ela precisa tomar são muito caros e não tive outra escolha se não a vir aqui. — Observo a mulher, a mesma parecia ter a mesma idade que eu ou é somente alguns poucos anos mais velha.

— Onde esteve por todo esse tempo? — Ele se aproxima da mesma e toca em seu braço, sinto meu coração se acelerar e uma raiva descomunal cresce em meu ser, mas permaneço quieta. Pois os olhos da mulher analisavam minhas feições, que a todo custa tentava deixá-las o mais relaxada possível.

— Precisei cuidar da minha mãe e não poderia fazer isso se estivesse aqui. — A mulher diz com pesar.

— Sabes que lhe ajudaria com o que você precisasse. — Olho incrédula para Gael, que parece notar somente a presença dela, ela por sua vez, abaixa a cabeça e admira seus sapatos. — Vamos para o meu escritório, temos muito o que conversar. — Diz e segue para escada junto a ela, que segue tomando a frente, mas Gael para ao me ouvir dizer em um sussurro somente para que ele ouvisse:

— Use camisinha! Vou sair... — Passo pelos dois e subo a escada com passadas rápidas rumo ao quarto e entro no mesmo, pegando uma jaqueta e minha bolsa.

A porta se abre bruscamente e bate contra a parede, causando um enorme barulho. Em outro momento teria me assustado, mas a verdade é que já estou me acostumando à estes tipos de coisas.

— Para onde vai? — Questiona e me segura pelo braço, mas me solto bruscamente.

— AO INFERNO! QUER VIR?! — Grito bem perto de seu rosto, o mesmo se afasta um pouco e passa a mão pelo cabelo.  — Voltarei à noite. — Tento passar por ele e o mesmo segura-me pelo pulso.

— O que irá fazer? — Pergunta e um sorriso irônico cresce em meu rosto.

— Vou foder gostoso com meus amantes, assim como você. — Gael puxa-me e aperta-me em seus braços.

— Não brinque comigo, garota. Até agora tenho sido muito paciente com você, mas para ser sincero, já está enchendo muito o meu saco com essas suas birras. — Seu tom de voz é ameaçador, mas por algum motivo já não me afeta.

— É mesmo? Por que não me mata de uma vez? Assim você me livra do fardo de passar toda minha vida presa à você. — As palavras saem e não tenho tempo de contê-las.

Cazzo, algum dia pagarei caro por minha língua grande!

Não tenho tempo para pensar em mais nada, Gael joga-me na cama e sobe em cima de mim. Enchendo meu pescoço com beijinhos, até que começa a dizer:

— Preste atenção: — Beija meu queixo. — Você... — Lambe a beirada de meus lábios. — É minha... — Chupa meu pescoço. — E nunca... — Puxa minha blusinha para baixo e chupa o bico dos meus peitos, arrancando-me gemidos involuntários. — Vai sair do meu lado. — Assim olha em meus olhos e engulo seco.

O Juiz Mafioso (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora