Capítulo 5.

934 61 0
                                    

DONNA SORRENTINO

Só posso perceber o que estava acontecendo, quando senti um aperto em volta de meu pulso e também quando fui puxada para trás, ficando cara a cara com Gael. Enquanto seus olhos frios analisavam-me.

— O que pensa que está fazendo? — Questiona com sua voz ríspida.

— Sr. Santoro, não se preocupe. Não me machuquei. — A voz da mini diaba soa atrás de mim, tenho vontade de socá-la até esquecer o próprio nome.

— Espero que tenha tomado ao menos uma xícara de café, Sra. Santoro. Pois está de castigo. — Ao dizer isso, o mesmo sai arrastando e levando-me para a parte superior da casa.

Não demorou muito para adentrarmos seu quarto, que o mesmo também insistia em dizer ser meu. Sinto minhas costas chocarem-se contra o colchão e de repente me vi sob seu controle, sob seu corpo másculo e quente.

— Então gosta de intimidar garotinhas indefesas? Acredite, isso se parece mais comigo do que com você. — Um sorriso malicioso cresce no canto de sua boca, mas ao invés de me encantar por sua beleza divina, tudo o que faço é tentar me livrar seu toque, de sua aproximação.

— Cretino, você nem sabe o que aconteceu! Não encostei num fio de cabelo daquela garota. — Sua expressão brincalhona vai embora, deixando lugar para uma mais confusa. — Ela quem começou, dizendo que ia lhe tirar de mim e que eu não era mulher suficiente para você. — O mesmo me encara e então completo baixinho: — Se soubesse que não faço questão tê-lo para mim... — Gael levanta-se e parecendo muito irritado, caminha até a porta e antes de sair, ele diz:

— Escute bem: — Aponta para mim e continua: — Você ainda vai implorar para me ter, para sentir-me.  — Abre a porta e a fecha violentamente.

GAEL SANTORO

Como assim: “não faço questão tê-lo para mim”? — Bufo em irritação. — Quem essa mulher pensa que é? Ela não vai me destratar desse jeito!

Vou fazê-la implorar por mim, ou não me chamo: Gael Santoro.

Então, uma movimentação no final do corredor chama minha atenção. La ragazza vem caminhando em minha direção, a mesma parece desconfiada com algo e tenta disfarçar o nervosismo como pode.

Felizmente minha carreira de juiz, proporcionou-me a habilidade de ler a expressão corporal de alguém, principalmente quando é responsável por algo.

— Pare aí mesmo menina. — Digo friamente e a mesma estanca, estalando os dedos compulsivamente. — O que aconteceu lá em baixo, enquanto a deixei sozinha com Donna?

— Não sei, ela irritou-se repentinamente. — Cerro os olhos.

— Está tentando me tomar por tolo, ragazza? Ninguém se irrita com alguém, sem que a pessoa não tenha feito nada. — Vejo-a engolir seco, confirmando minhas suspeitas. — Por que a provocou? Você ao menos a conhece, para fazê-lo? — A mesma faz que “não” com a cabeça.

Seu silêncio me deixa ainda mais irritado, tanto que seguro-a por seu pulso com força, a mesma faz uma careta pela a dor que está sentindo. Mas preciso intimidá-la, ou ela se sentirá no direito de mexer com Donna toda vez que sentir vontade e não posso permitir algo assim.

— É melhor você respeitar a Signora desta casa, entendeu? Donna é minha esposa e você não vai mexer com ela.

— Solte-a, Gael. — Ouço a voz de minha agora esposa logo mais atrás, em seguida sinto sua mão tocar meu ombro. — Ela é apenas uma ragazza iludida. — Com muita força de vontade, solto a garota e a mesma encolhe-se na parede. — Agora diga a ele exatamente o que disse à mim há poucos minutos atrás. — A menina volta a engolir seco e olha de um lado para o outro, como se procurasse por uma saída.

O Juiz Mafioso (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora