Capítulo 3.

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DONNA SORRENTINO

— Giulia? — Chamo por seu nome em um sussurro, confusa e ainda achando que estou vendo coisas, a garota franze o cenho, mas nada diz.

— Esta não é minha irmã, é apenas uma garota que está desabrigada. — Diz Gael, a menina por sua vez abaixa a cabeça e cerra os punhos e sem aviso, a mesma se vai. — Vamos, tenho muito o que fazer ainda. — Assim nós seguimos para o jardim.

Ao chegar no mesmo, observo os vários tipos de flores, que sempre foram o toque especial da propriedade. Meus olhos recaem em uma roseira, fico admirada pela beleza das rosas. Gael, vendo minha admiração, retira de seu bolso um canivete. Se aproxima de uma flor e a corta, entregando para mim.

Fico encantada por seu gesto e sussurro um “obrigada”. O mesmo permanece em silêncio, enquanto me observa levar a rosa até minhas narinas, para cheirá-la.

— Lembro-me do quanto adorava correr por estes jardins. — Comento ao olhar para Gael.

— E lembro que você tentou me matar atropelado. — Engulo seco, pois não imaginava que ele se lembrasse de coisas relacionadas à mim.

— Então se lembra? Achei que nem soubesse quem eu era. Já que não tínhamos muito contato um com o outro. — Sorrio timidamente.

— Eu não tinha porquê me aproximar de você naquela época. — Determina em um tom mais frio.

Naquela época? E agora, o que mudou?

— E o que mudou, ãm? Estamos próximos nesse momento e até conversamos como duas pessoas normais. — Digo e Gael se aproxima, se abaixando na altura de meu ouvido e segurando forte o meu pulso, então diz:

— Mia piccola cosa, não seja afobada. Digamos que assim como meu irmão, tenho um humor bem peculiar. Então saiba escolher as palavras e ações ao se referir à mim. — Diz friamente, cada vez apertando mais forte o meu pulso. De repente ele se afasta e senta-se em um banquinho. — Você tem dez minutos a mais para aproveitar o sol. — Aproveito seu distanciamento e decido ir um pouco para mais longe.

O que você tem na cabeça, em Donna? Gael é só um maledetto mafioso.

Infelizmente os minutos que ele me deu, acabam. Nós voltamos para dentro da mansão e em todo o tempo não trocamos uma palavra.

HORAS MAIS TARDE...

GAEL SANTORO

Ando pelo corredor, em direção ao quarto de Donna. — O que irei fazer? Não sei. Mas precisava vê-la. — Ponho a chave na fechadura e abro a porta devagar, vejo que a mesma está dormindo tranquilamente em sua cama. Suas pernas estão um pouco abertas, dando-me a visão de sua intimidade coberta pela renda de sua peça íntima.

Imediatamente sinto a calça social ficar mais apertada, tento aliviar o aperto. Quase esmagando meu membro com as mãos, mas permaneço estático ao ouvir:

— Céus... — Estava tão concentrado em abaixar o volume entre minhas pernas, que não percebi que Donna havia acordado e olhava para mim e meu membro com curiosidade.

A claridade do quarto é baixa, mas consigo perceber que ela está corada. Então desisto de tentar acabar com minha ereção e aproximando-me de forma felina da mesma, pergunto:

— Por que não me ajuda a acabar com isso, ãm? Estou louco de tesão por você... — Acaricio meu membro, na tentativa de deixá-la mais excitada. Quase posso ver o efeito, tanto que subo na cama.

A mesma se encolhe, mas nada diz e tomo isso como um “sim”. Acaricio seu rosto, ela fecha os olhos, acabo por diminuir o espaço entre nós, sua boca está bem perto e tanto que sinto sua respiração bater contra minha pele.

O Juiz Mafioso (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora