Capítulo 13.

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GAEL SANTORO

Aos poucos os soldados vão enchendo o navio com as cargas, o mesmo sairá dos Estados Unidos para a Itália e chegaria por lá no decorrer dos próximos dias.

Pietro caminha em minha direção com suas mãos nos bolsos e como sempre com uma carranca estampada em seu rosto, algo que herdamos de nosso pai. — Que o diabo o tenha!

— Vamos a alguma boate? Preciso extravasar... — Diz ele ao se aproximar de mim.

— Não estou no clima. Apenas quero chegar logo no hotel e descansar, já comprei uma passagem para o vôo de meio dia, pois quero voltar o mais rápido possível para casa. — Falo e suspiro totalmente exausto.

— Quer voltar para casa ou ver sua esposa? — Pergunta em um tom irônico.

— Não enche. — Rosno.

— Ah você não me engana, fratellino! — Dá risada e cruza os braços. — Sei que o motivo de você não querer ir não é cansaço. Lhe conheço muito bem para saber que mesmo cansado, você ainda tem disposição para sexo. O motivo para isso é bem simples: D-O-N-N-A. — Bufo e lhe dou as costas, enquanto o mesmo continua rindo.

ENQUANTO ISSO...

DONNA SORRENTINO

Estou me arrumando para o jantar, não queria nada muito exagerado, mas também nada desleixado.

Observo minha imagem no espelho e gosto do que vejo. Em seguida deixo o quarto e sigo para o andar inferior, já encontrando Giovanni e Suzana sentados à mesa, com Antonina de pé próxima a eles.

— Boa noite. — Revelo-os minha presença quando estou chegando perto dos mesmos e Giovanni levanta-se, puxando uma das cadeiras para mim. — Obrigada. — Digo e me sento, logo começamos a nos servir.

— Senhora, é apenas um jantar simples. Não precisava de tanta arrumação... — Uma voz soa mais a frente e olho em sua direção, Antonina me encara e segura uma bandeja em suas mãos.

— Está falando comigo? — Questiono-a com uma voz fria e ela assente como se não tivesse acabado de falar sobre como devo me vestir para as refeições. Ponho os talheres ao lado do prato e volto meu olhar para a mesma, então falo: — E quem você pensa que é, para ditar como devo me vestir? — Minha pergunta e o tom que uso para fazê-la, a pegam de surpresa e ela abaixa a cabeça. — Acho que posso vir até mesmo nua, ainda sim não é da sua conta.

— Pobre Gael... — Sussurra baixinho, mas todos somos capazes de ouvir. Giovanni analisa a situação, enquanto Suzana tem o resquício de um sorriso em seu rosto, o que me faz sentir ainda mais raiva.

— O que disse? — Pergunto em um fio de voz, mas seria muito menos pior se tivesse gritado. A mulher pensa em falar algo, mas é impedida.

— Acho bom que saiba o que está fazendo Antonina, devo lembrá-la que só está aqui porque meu irmão pediu. — Giovanni se manisfesta sem se quer olhar em sua direção, Antonina engole seco e muda sua visão para mim, dizendo:

— Desculpe, Sra. Santoro. — Faz uma pequena reverência e retira-se, indo para a cozinha.

— Francamente. — Bufo e acabo por perder a fome. — Bom, perdão Giovanni. Mas acabei de perder o apetite e se estiver tudo bem, estou me retirando. — Sorrio levemente e o mesmo assente.

— Não há problema, também estou satisfeito. — Se levanta e faço o mesmo, ambos subimos juntos e tomamos caminhos diferentes ao chegarmos na parte superior da mansão.

O Juiz Mafioso (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora