Capítulo 15.

779 65 2
                                    

As horas pareciam que passavam em câmera lenta, Donna observava em silêncio o teto da sala em que a haviam deixado. A ardência e dor excruciante em suas costas, aumentavam ainda mais o ódio pela família Santoro.

— Não vai ficar assim. — Sussurrou consigo mesma, mas seus sentidos voltaram-se para a porta que acabara de ser aberta.

A figura imponente de Gael Santoro estava um pouco mais a frente, ela não precisou olhar em sua direção para saber que era ele, pois conhecia bem o cheiro da fragrância de seu perfume.

— Por que fez isso? — Sua voz ecoou pela sala e Donna sentiu nojo. Os segundos foram passando sem uma resposta de sua parte, o que deixou Gael irritado. — Não vai falar nada?

— E por que devo falar? De qualquer forma, você não vai acreditar. — Ela diz e Gael range os dentes, ambos sentiam raiva um do outro. Mas o juiz mafioso era o único que estava se sentindo mal pelo que aconteceu.

— Venha, você precisa tomar banho. — Disse e abriu a porta para que ela pudesse passar. Donna teve dificuldade para se levantar, devido a dor em suas costas.

Gael imaginou que os vergões deviam ser enormes, mas quando eles chegaram no banheiro e a mulher tirou a roupa, ele ficou surpreso ao ver que ao invés de vergões em suas costas, eram feridas e algumas estavam tão grandes que ainda escorriam um pouco de sangue.

O mesmo fez uma careta para o que viu e Donna percebeu sua inquietação através de seu reflexo no espelho, perguntando-lhe:

— O que houve? — Ela tenta se olhar no espelho, mas Gael não permitiu e a empurrou para dentro do box. Ele tentou ajudá-la em seu banho, mas Donna afastou-se de seus toques e com uma voz fria, disse-lhe: — Não me toque, seu contato queima minha pele como o fogo, o ódio que sinto por você e sua família está ainda mais intenso.

Gael não queria reconhecer, mas as palavras de sua esposa o deixaram mal de alguma forma. Então saiu do banheiro e deixou que Donna continuasse com seu banho.

— Humm... — Protestava ela ao sentir a água em suas feridas. E ele, fechou os olhos sentindo remorso, então pediu que uma das uma das empregadas trouxesse comida e pomadas. Mais tarde ela terminou seu banho e vestiu-se sem olhar se quer um pouco em sua direção.

Agora Donna comia sem vontade, apesar de ter passado várias horas sem comer. O rancor em seu coração estava em altos níveis e toda vez que seu olhar ia para Gael, seus olhos ardiam. Mas ela não iria chorar, não na frente de quem ordenou que a machucasse tão cruelmente. — O odeio profundamente. — Este pensamento se fez em sua mente.

De repente, sentiu um pequeno incômodo em seu corpo e começou a suar frio. Sua visão estava embaçada e ela quase cai da cadeira ao perder os sentidos, mas por sorte Gael consegue segurá-la e impedir que se machuque.

Preocupado com o que poderia ser, Gael chama Toretti. Ele era médico da família há anos e era o profissional de confiança de Gael. Não demorou muito para que Dr. Toretti chegasse e logo já estava examinando Donna.

Não foi preciso muitos anos de experiência para saber o que estava acontecendo.

— A Sra. Santoro está grávida de algumas semanas. — O anúncio ecoou por todo o quarto e os olhos de Gael esbugalharam-de, quase escapando para fora. Donna que havia acabado de acordar, não pôde acreditar no que acabara de ouvir.

O Juiz Mafioso (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora