Capítulo 4.

953 65 0
                                    

DONNA SORRENTINO

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

DONNA SORRENTINO

— O que está acontecendo aqui? — É a primeira coisa que pergunto, tentando desfazer-me da confusão que está em minha mente. Mas não obtenho uma resposta.

Gael vem em minha direção, parecendo estar zangado. — Ou está mesmo. — Ele toma-me pelo pulso e leva-me até o altar.

— Senhor, quero que isso acabe logo. Para que assim eu possa levar minha noiva para a lua de mel. — Arregalo os olhos, não só pelas suas palavras, como também pela imbecilidade que usa para as falar. Nós nos sentamos frente a um casal, pessoas que nunca havia visto pelos anos que morei aqui.

— Gael, o que significa isso? — Pergunto enraivada, o mesmo lança-me um olhar mortal e sussurra:

— Acredite minha bambina, você irá me agradecer depois de tudo isso! — Encaro-o com curiosidade, tentando entender o que suas palavras queriam dizer.

Mas como sempre, nada do que ele fazia ou dizia, faz sentindo. Pelo menos para mim... — Suspiro, não acreditando que esse homem além de tirar minha liberdade, também me prenderá a si como sua esposa.

Poderia ter sonhado com isso? Sim, durante muitos anos. Mas a dura realidade acerta-me em cheio! — Alguém entra na grande sala, chamando nossa atenção. A figura de seu irmão do meio, Pietro, que só pude reconhecer pela pouca aparência que tem de quando era um jovem rapaz.

Nos minutos seguintes, o juiz de paz já está nos questionando sobre aceitarmos a união, ele começa por Gael, que prontamente o responde que “sim”, então chega minha vez.

— Donna Sorrentino Ricci, é de sua livre e espontânea vontade que aceita se casar com Gael Santoro Lombardi? — O aperto de Gael em meu braço transmite o que ele quer que eu responda.

Diria que é de livre e espontânea pressão! — Suspiro e procurando forças, respondo um baixo “sim”. O juiz estende uma folha para o casal, que assina como sendo nossas testemunhas e logo devolve a folha para vossa excelência, que a entrega primeiro a Gael e depois passa-a para mim, pego a caneta com a mão trêmula de tanto nervosismo que sentia. Meio receosa, assino um pouco a cima da linha e entrego o documento ao juiz.

— Se ambas as partes concordam, eu vos declaro marido e mulher.  Pode beijar a noiva... — Assim, Gael aproxima-se de mim e nós lentamente tocamos os lábios.

Não era meu primeiro beijo, mas sentia como se fosse. Pois sempre sonhei com esse momento, mas não dá forma como está sendo nesse instante.

Como toda menina, sempre sonhei com meu príncipe encantado de armadura brilhante, vindo ao meu resgate em um lindo e majestoso cavalo branco. Porém, Gael era de longe um príncipe. — Talvez fosse o vilão diavolo do qual o príncipe teria que derrotar para salvar a princesa.

— Agora sim, sei completamente mio. — Sussurra em meu ouvido, depois de afastarmos nossas bocas.

Nós cumprimentamos o casal que havia sido nossas testemunhas, logo em seguida vamos até Pietro, que encara-me tão friamente quanto seu irmão, obviamente pelo mesmo motivo que Gael.

O Juiz Mafioso (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora