Capítulo 14

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Dulce Maria

Sai da sala de Christopher em direção a minha, enquanto andava pelo o corredor vi Ian parado em frente a minha sala.

— Ian, estava me esperando?

— Sim, podemos conversar?

— Claro. Entra. — abri a porta e ele entrou junto comigo.

— O que o Christopher falou sobre o ocorrido?

— Ele disse que não era correto ter feito o que fizemos, me perguntou aonde eu estava com a cabeça.

— E não deu nenhuma punição?

— Negativo.

— Estranho. Ele pareceu tão incomodado com o que aconteceu.

— O que importa é que não tivemos problemas maiores.

— Já te perguntei uma vez e gostaria de saber novamente. Rolou algo entre você e o Christopher?

— Bem. — engoli em seco. — Tivemos um lance, mas sendo bem sincera isso só me machucou.

— Eu sabia! Tinha que ter tido algo entre vocês dois, é nítido que o fato de você estar comigo incomoda ele.

— Feliz?

— Por que eu estaria?

— Não sei, talvez porque era tudo que você queria saber.

— Acha que quero me aproveitar disso para usar contra você? Dulce, eu não sou essa pessoa.

— Desculpa, é que isso não é pra mim.

— Você se decepcionou muito com ele e acha que isso possa te acontecer novamente.

— Sim. Pode parecer idiota, mas é assim que me sinto.

— Não é idiotice. Você criou um mecanismo de defesa para não correr o risco de ser machucada de novo, tudo bem.

— Tem certeza que não tem nada de errado com isso?

— Não sou psicólogo, mas sei que é a concepção que todo mundo tem a respeito de si mesmo.

— Ok, então pode ser algo bom.

— A questão é que você não precisa ter medo. Se você foi machucada antes, não quer dizer que você será novamente.

— O tempo todo estamos lidando com pessoas e algumas não se importam de te machucar.

— Está certa, mesmo assim. Lidamos com pessoas que são diferentes, cada um pensa e age da forma que achar melhor e correta.

— Podemos marcar algumas sessões de terapia, o que acha? — debochei.

— Sabia que você é engraçada? Isso combina muito contigo.

— Obrigada. Mesmo com tudo isso de ruim que me aconteceu, você foi a coisa boa que surgiu para me acalmar.

— Fico feliz de ouvir isso, minha intenção nunca foi e nunca será de te machucar.

— Obrigada novamente, isso me deixa aliviada. — sorri.

Ian se aproximou de mim e me abraçou, ele tinha tudo que eu almejava encontrar em alguém. Depois do que aconteceu com Christopher, meus pensamentos mudaram e eu comecei a enxergar as coisas de uma forma diferente e isso é bom posso dizer.

Christopher Uckermann

Passei um tempo sozinho depois da conversa que tive com Dulce, vê-la tão próxima de Ian me deixava enciumado e eu não gostava nenhum pouco de sentir isso. Fiquei o resto do dia imaginando e questionando meus pensamentos.

"Maite, me desculpe. Pode vir aqui
se quiser, obviamente."

Mandei essa mensagem para ela e continuei onde estava, já era tarde e eu seguia em meu escritório observando a vista da janela para o centro.

— Estou aqui. — Maite disse parada em frente a porta.

— Que bom, me desculpe.

— Não precisa se desculpar, eu agi como uma idiota. Eu e você não temos nada e foi ridículo eu me sentir no direito de cobrar alguma coisa de você. — fechou a porta e sentou-se ao meu lado.

— Tudo bem. — dei um suspiro.

— Está tudo bem? — perguntou.

— Não sei te responder, tudo em mim tem estado tão confuso.

— Precisa observar as coisas ao seu redor, para só assim entender essa indecisão.

— Como sempre você está certa.

— E estou do seu lado. — completou.

Tirei meu olhar da janela e voltei para Maite, seus olhos brilhavam e me olhavam com desejo. Passei a língua de leve em meus próprios lábios e olhei para a boca dela que fez o mesmo, nossos olhares foram de encontro e logo em seguida nossa boca também. Um beijo que foi ficando intenso e acabamos transando ali mesmo, era impressionante a minha capacidade de resolver meus problemas com sexo.

Because of Love (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora