Capítulo 11

306 34 1
                                    

Dulce Maria

E aconteceu de uma forma inesperada, Ian e eu demos o nosso primeiro beijo. Quando o choro passou, nos afastamos e o beijo se desfez, enxuguei minhas lágrimas e o olhei.

— Não devíamos ter feito isso... — ele disse se afastando um pouco de mim.

— Você não queria? — perguntei confusa.

— Claro que queria, mas não dessa forma. Foi lindo pelo o fato de que eu te acalmei e você se sentiu segura e a vontade comigo.

— E não foi bom? Aconteceu porque estávamos afim.

— Foi ótimo! Mas eu o motivo pelo o qual você está chateada tem haver com outra pessoa, o idiota do Christopher.

— Tava tudo bem até você falar dele.

— Desculpa, mas foi por esse motivo não foi?

— O que? Você está dizendo que eu te beijei por causa dele? São todos iguais mesmo. — reclamei.

— Não foi isso que eu quis dizer, depois eu venho aqui falar com você. Preciso de uns minutos pra entender tudo isso. — se despediu e foi embora.

Não entendi porquê precisava entender o motivo do beijo, eu não pensei em nada quando estava nos braços dele.

Algumas horas depois, eu estava no corredor voltando da sala de Anahi quando Ian veio até mim novamente.

— Oi Dulce, me desculpa por mais cedo.

— Claro. Só não entendi o motivo pelo o qual você saiu daquele jeito, foi bom não foi?

— Sim. Mas eu não me expressei da forma correta e acho que isso acabou te confundindo, eu disse o nosso primeiro beijo aconteceu quando você estava chateada com o Christopher.

— Eu me senti segura com você, quando te beijei o Christopher não estava na minha cabeça. Aconteceu porque houve desejo de minha parte e eu não me sinto mal por isso.

— Fico feliz de ouvir essas palavras, pra mim o nosso beijo significou muito.

— Me sinto da mesma forma ao ouvir isso.

— Está se sentindo melhor, depois do que aconteceu?

— Sim, bem melhor. — sorri.

Ian me deu um abraço e beijou meu rosto, ele teve que ir pois precisava voltar para os seus afazeres. Mas marcamos de nos encontrar mais tarde e eu estava adorando a ideia de estarmos mais próximos.

Christopher Uckermann

Entrei em minha sala completamente aborrecido, coloquei as mãos em minha cabeça e torci para o que acabou de acontecer se apenas um pesadelo. Mas me irritei ainda mais, quando vi que não era.

Maite entrou em minha sala assustada, me encontrou no chão de joelhos ainda com as mãos na cabeça e eu estava chorando.

Depois que dei conta, me assustei com a forma como me encontrei vulnerável. Meu ego estava completamente ferido e eu me via sem forças para continuar ali.

— O que aconteceu? — perguntou Maite se ajoelhando ao meu lado.

— Eu sou um imbecil! — falei entre dentes.

— Não, você não é. Por que pensa assim?

— Fiz papel de otário por uma mulher que deixou claro, não querer nada comigo.

— Não se sinta assim, você é incrível Christopher. Precisa esquecer essa mulher e seguir com a sua vida.

— Eu não me reconheço, como pude ser tão tolo? — continuei a reclamar.

Maite se aproximou de mim e me apoiei nela que me levou até a cadeira, fiquei sentado sentindo as lágrimas caírem por meu rosto e tudo que eu sentia era raiva e tristeza ao mesmo tempo.

— Olha pra mim, você vai ficar bem. Estou aqui com você! — a morena disse com suas mãos segurando meu rosto.

— Você não vai querer estar com um homem como eu.

— Está enganado se pensa assim, eu adoraria estar com você.

— Fala sério ou está apenas debochando de mim? Você me encontrou vulnerável, de uma forma que nunca estive antes.

— Somos seres humanos Christopher, todo mundo se sente assim em algum momento. Estou falando sério quando digo que quero ficar com você e esteja ciente de que irei demostrar.

Pelo menos eu não estava sozinho, tinha alguém do meu lado me dizendo que sou especial justo quando me sinto vulnerável e tenho meu ego ferido. Que loucura, nunca imaginei que me sentiria assim.

O resto do dia passou voando e fui pra casa, Maite veio junto comigo. Assim que cheguei em casa, peguei uma garrafa de Whisky Jack Daniel's e tomei uma dose.

— Precisa tomar um banho. — Maite disse.

— Só se você for comigo. — dei risada.

— Não seja brincalhão, você vai tomar banho sozinho. — ela disse e eu assenti.

Tomei um banho quente e ao sair me enxuguei e coloquei um roupão, passei o pente por meus cabelos molhados colocando para trás. Fui até o barzinho que fica em uma parte da sala, coloquei mais um pouco de bebida no copo.

— Aceita um? — perguntei a Maite.

— Não, obrigada. Escuta, essa mulher que você disse é a Dulce Maria?

— É ela mesmo, como soube?

— Eu vi a forma como você ficou olhando pra ela naquele dia que fomos ao restaurante, depois na empresa.

— Dulce e eu, éramos amigos. A gente transava sempre que podia, só que aconteceram coisas que nos afastaram.

— Uau, que tipo de coisas? — perguntou.

— O que tem de linda, tem de curiosa. — dei risada.

Voltei para o meu barzinho e coloquei mais um pouco de bebida no copo, pouco me importa se poderei acabar bêbado. Diante de tudo que aconteceu, acho que não preciso mais me importar com nada.

Because of Love (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora