Capítulo 37

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  A festa ainda rolava, e para Emma havia acabado de começar. A própria sentou-se em uma mesa com vários desconhecidos e disse em alto e firme som que também iria jogar. Todos a encararam surpresos e bastante duvidosos.

— Está valendo dinheiro, gatinha! — Um dos homens que ali haviam disse e todos os outros começaram a rir.

— Que bom, pensei que fossem amadores! — Disse com um sorriso sarcástico e jogou um bolo de dinheiro sobre a mesa. — Meu lance inicial é de 30 mil! E o de vocês?

  Todos a encaram bastante surpresos e interessados. Quando deram partida várias pessoas se juntaram ao redor, principalmente os amigos de Emma.

  Butler deixou todos nervosos quando deu a esperança de quem ia ganhar aquele jogo, e ela se mostrava confiante. Finn mantinha-se atrás dela, com as mãos na sua cadeira, encarando todos os homens daquela roda como se eles fossem seus inimigos.

  Quando não estava na sua vez, Emma bebia a sua bebida lindamente, com uma delicadeza implacável, como se não estivesse correndo o risco de perder quase todo o seu dinheiro. Os homens que haviam ali estavam nitidamente nervosos, mantinham uma face raivosa, como se odiasse e ao mesmo tempo estivessem interessados na Emma. E por isso Finn mantinha-se como o seu "quarda-costa".

— Argh! — Resmungou todos eles após Emma ganhar todo o dinheiro sobre a mesa.

— Jogar com vocês é bem interessante! — Disse rindo com ironia. — Querem mais uma partida?

  Emma Butler nem parecia que tinha acabado de ganhar 150 mil dólares fácil, fácil.
  Um homem alto, com um porte de dar medo, que antes assistia o jogo, pronunciou-se:

— Muito esperta! Minha vez! — Sentou-se junto à eles. Ele chamou um cara que estava acompanhado para mais perto. — Mostra pra eles o meu lance inicial! — Sorriu sarcástico, e foi possível notar o seu dente de ouro nitidamente. O rapaz ao seu lado abriu uma mala preta, que nela havia, aparentemente, 100 mil dólares.

— Hum! Isso acaba de ficar interessante! — Sorriu com deboche e organizou o jogo novamente. Todos ajeitaram-se para mais uma partida, e a festa parecia ter parado só para assisti-los.

  Finn cruzou os braços imaginando que aquilo poderia ser mais divertido do que a última partida, e encarou a Emma com um certo orgulho.

  Butler devia admitir, nesta partida ela soou, pensou em desistir na metade, quase perdeu, e no final, pensou em uma estratégia, e venceu, novamente. Eles festejaram muito, porém não por muito tempo: o homem assustadoramente bruto bateu na mesa com tanta força que quase voou tudo em cima dele.

— Você trapaceou! — Apontou bem nos olhos dela.

— Não sabe perder, é?! — Levantou a voz e o encarou.

  Finn Wolfhard colocou a sua mão no meio dos dois e encarou o cara profundamente.

— É melhor ir embora. — Disse firme.

— Se não você vai fazer o que, pirralho?! — O encarou rindo.

  Vinnie, Brandon e Payton surgiram do além e o tiraram da fazenda a "chutes".

— Aiai! — Suspirou Emma enquanto guardava o seu dinheiro plenamente. — Não gosto de me gabar mas eu fui muito bem em apenas duas partidas!

— Não se ache muito não, garota! — Finn ajudou-a.

  Assim que guardaram todo o dinheiro, Emma tomou a iniciativa de puxar Finn para pista de dança. Os dois dançaram loucamente.

  Depois de um longo tempo, eles enjoaram-se do tumulto e resolveram se afastar. Então os dois caminharam lado a lado pela fazenda, sozinhos.

— Vou sentir saudades daqui. — Disse Finn pensativo, enquanto encarava o espaço.

— Só daqui? — Emma perguntou sorrindo enquanto o observava. Finn não pôde aguentar com o seu sorriso fofo.

— Quer saber se eu vou sentir saudades de você? — Parou à sua frente e perguntou sorrindo. Emma não respondeu, apenas o encarou sorridente esperando por uma resposta. — Acho que não. — Disse olhando para qualquer outra coisa, menos para ela, que desmanchou logo o seu sorriso e o encarou desconfortável.  — Vou sim, bastante até!

— Eu já sabia! — Sorriu vitoriosa. Wolfhard puxou a sua cintura com brutalidade e encarou os seus olhos com serenidade. — As vezes eu me pergunto se você pensa que a sua vida se passa em um filminho de romance clichê.

— Cala boca, Butler! — Largou ela. — Você é clichê!

— Eu?! — Perguntou incrédula. Finn ria da sua cara.

— Pensando bem, você é clichê pra caralho!

  Emma aproximou-se dele com um sorriso incrédulo, e puxou a sua cintura com pegada e malícia.

— Por essa você não esperava. — Sorriu sacana.

— Tô com medo de você. — Sorriu entre um beijo fofo.

The Farm - 𝐹𝑖𝑛𝑛 𝑊𝑜𝑙𝑓ℎ𝑎𝑟𝑑   Onde histórias criam vida. Descubra agora