𝑽𝑰𝑵𝑻𝑬 𝑬 𝑫𝑶𝑰𝑺

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    Apesar de ser apenas uma criança de um ano e alguns meses de vida, entendia que a situação que estava passando junto da mãe, não era nada boa. Observava o caminhar frenético daqueles homens de um lado para o outro, enquanto sua mãe levava uma surra tentando impedir o homem ao qual possui uma terrível cicatriz, chegar até si. 



— Ela é só uma criança, por favor tenha piedade._ Pedi após agarrar seu pé com força, meu corpo latejava de dor, eu não tinha a mínima noção do quanto tinha apanhado para aqueles caras, apenas de que em breve perderia a consciência, e isso não poderia acontecer. 


— Terei piedade quando acabar com tudo que o Haruchiyo ama, estou ansioso apenas de imaginar como será a cara dele ao ver seu pequeno ursinho com as mesmas cicatrizes que a dele, sabe acho que ele nunca te contou algo  de sua infância, afinal ele mesmo tinha me pedido para guardar aquele segredo quando éramos pequenos. 


— Como você sabe o apelido que o Haruchiyo deu para a Sasaki...e segredo? que segredo?_ Questionei a mim mesma a ultima frase em um tom mais baixo, mas parece que ele tinha escutado pelo quão grande aquele sorriso sádico se fez presente em seu rosto. 


 " Mamain"


— Ta tudo bem filha, não precisa ficar com medo, a mamãe ta aqui._ A dei um fino sorriso notando seus dentinhos aos quais estavam começando nascer, aparecerem assim que ela retribuiu o largo sorriso, agarrada a aquele coelho. 


 — Sabe quem fez a cicatriz nele certo? Depois de algumas semanas, Haruchiyo começou a evitar sair de casa, ele tinha medo do que pensariam sobre ele, dos apelidos de mal gosto entre todas as outras coisas, ele começou a odiar aquelas cicatrizes e acha-las totalmente feias, apesar de que hoje em dia ele não a cobre mais devido a um pedido do Mikey, ao qual teve uma boa conversa com ele._ Ele explicou após se soltar do aperto sobre minha mão. 


— Sauiu bicho feio!_ Sasaki gritou ao notar que ele a tinha pegado nos braços. 


 — Você é a cara dele quando criança, chega a ser impressionante._ Gargalhou. 


       Seu instinto de mãe falava mais alto, não podia deixar que ninguém fizesse mal a sua filha, estava disposta a se sacrificar por ela, afinal era o fruto da sua relação com o rapaz de cabelos agora rosa, ao qual amava imensamente apesar de tudo. Sabia das consequências que tudo aquilo resultaria, e estava dispostas a correr tal risco. 


— Eu faço oque você quiser, só não.....só não machuque a minha filha...por favor, é apenas uma criança, ela não tem culpa de nada._ Segurei na mão dele em que continha uma faca, sentindo meu corpo pesar, talvez eu esteja prestes a desmaiar mesmo....



*****



— O Kakucho disse que o trovão está bem, o Chifuyu o deixou no soro e tratou das feridas dele, parece que ele ficara alguns dias no pet-shop de observação para saber se corrompeu algum orgão interno._ Rindou explicava cada vez mais tenso enquanto se segurava na porta do carro, ao notar que a velocidade do carro aumentava cada vez mais. 


      Deixar seu orgulho de lado não tinha sido uma tarefa fácil, estava com sorte por notar o Matsuno em frente a seu pet-shop, o fechando assim que parou o carro em segundos junto a Kakucho que segurava o animalzinho ao qual chorava de dor. Sanzu ergueu sua cabeça e respirou fundo assim que aquelas palavras que clamavam por ajuda, saíram da sua boca. 


— Porra dirigi esse cacete mais rápido, sua gozada está em perigo seu idiota!_ Ran sibilou aquelas palavras tentando aliviar a tensão, mas acabou recebendo apenas um olhar ameaçador do Sanzu em resposta, que o fez ficar quieto. 


     Chifuyu não tinha nada contra o rapaz de cabelos rosa, sabia do quão ciumento ele era, e apenas relevava aquilo, mas nunca tinha chegado a imaginar que teria o dia em que ele suplicaria sua ajuda, ferindo o próprio orgulho. Não pensou duas vezes, e aceitou aquele pedido abrindo a porta do seu pet-shop as pressas, oque deixou Sanzu aliviado sabendo que seu cachorro estaria em boas mãos. 


 — O Kakucho disse que está vindo logo atrás com os caras da gangue, e...o Mikey?_ Rindou avisou aos amigos fazendo uma careta ao ler o final daquela frase, não fazia a mínima ideia que seu chefe se interessaria em ajuda-los, devido a quase não participar de nenhum assunto fora da gangue. 


— O Mikey também o conhece, ele sabe o quão anormal esse cara é...preciso chegar antes que algo aconteça._ Voltou seu olhar por alguns segundos observando a foto que se encontrava em um dos compartimentos do seu carro, era sua família, sua única família a qual ama e o aceita independente de qualquer coisa. 


         Não era apenas a Bonten que estava agindo, mas também a Brahman, devido ao pequeno rastreador que a Akashi mais nova tinha instalado em sua antiga casa, quando apareceu de surpresa, oque a alertava em segundos assim que ela tinha sido invadida, como previsto. 


     Senju tinha apenas um objetivo em mente, juntar sua família, e logo após descobrir que ela estava maior, aquela ansiedade que possuía dentro de si cresceu, queria aquilo mais do que nunca, e estava disposta a fazer oque fosse preciso para aquilo ocorrer. 




𝐔𝐦 𝐩𝐚𝐩𝐚𝐢 𝐧𝐚 𝐁𝐨𝐧𝐭𝐞𝐧, 𝐒𝐚𝐧𝐳𝐮 𝐇𝐚𝐫𝐮𝐜𝐡𝐢𝐲𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora