CAPÍTULO 22

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Na segunda, o ódio pelo meu ex-marido ainda não tinha passado

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Na segunda, o ódio pelo meu ex-marido ainda não tinha passado. O tempo que passei com meu filho e Marcos foi suficiente para esquecer no momento, mas quando me deitei a noite foi impossível não pensar.

Eu preciso conversar com Carlos, não o vejo pessoalmente a um tempo, o que é melhor para mim, manter distância dos dois é a melhor escolha. Não vejo minha irmã desde o leilão, estou evitando o máximo que posso, mas Carlos é pai do meu filho, é impossível ficar sem vê-lo.

Tive que mandar uma mensagem pedindo para passar hoje no meu trabalho para conversarmos, e para minha surpresa ele respondeu.

Me levantei ao ver seu carro estacionando, fui pessoalmente receber meu ex-marido.

Seus olhos encontraram os meus, e não senti nada mais que raiva ao vê-lo se aproximando.

Não teve um bom dia, ou um olá, ele passou por mim e foi para minha sala.

Laila estava trancada em sua sala, disse que não conseguia ficar no mesmo cômodo que Carlos sem poder dar um soco em seu nariz.

Eu ri de seu comentário, mas minha vontade era a mesma que a sua.

— Já sei o que você vai perguntar.

Carlos fala assim que entro na sala.

— Ótimo, poupo meu tempo — sento em minha cadeira esperando que ele fale algo.

A expressão no seu rosto era de vergonha, ele começou a andar de um lado para o outro, abria a boca para falar mas não falava.

Já estava ficando tonta quando ele decidiu falar, olhou para mim pela primeira vez no dia, sustentei o olhar.

— Errei com o Caio ontem — não falei mais, o seu erro já era notável. — Como ele está?

— Acho que você não quer realmente saber disso — ele ia falar mais levantei a mão para ele não começar — Caio fica a semana toda ansioso esperando o final de semana para ver o pai e você faz isso? Deixar o filho sozinho para fazer sei lá o quê. — Respiro fundo tentando não surtar — eu não vou aturar isso, você me humilhou, me deixou, me usou e eu fiquei calada, mas com o meu filho eu não vou aceitar.

— Nosso filho!

— Então trate de ser um pai, deixar o filho sozinho em casa não é papel de pai. — Explodi.

Carlos começa a andar no meio da minha sala impaciente.

— Eu disse a sua irmã que…

— Eu não quero saber da vida amorosa de vocês — interrompi.

Ele se senta na poltrona apoiando os cotovelos nas coxas e enterrando o rosto nas mãos. Observo seus movimentos. Ele passa as mãos pelos cabelos e respira fundo.

— Estou perdido.

Sua confissão me pegou de surpresa. Do que exatamente ele estava falando? Está arrependido?

Meu Segundo Advogado (REESCREVENDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora