CAPÍTULO 07

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A casa dos meus pais não era muito longe da minha, uma hora e meia de viagem

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A casa dos meus pais não era muito longe da minha, uma hora e meia de viagem. E tudo está como antes, não havia mudado nada, o jardim de mamãe estava magnífico, ela dedicava todo o seu tempo nele.

Caio foi correndo assim que desceu do carro, quando adentro a casa, ele está no colo de papai, mamãe está ao lado no sofá costurando.

— Oi mamãe, oi papai! — Digo chegando perto deles.

Meu pai me abraça e logo volta a atenção para seu neto, minha mãe me dá um abraço demorado, e tudo que eu sinto é vontade de chorar em seus braços, mas tenho medo de não receber a atenção e o carinho que quero.

— Você está péssima, Maria Júlia — Ela diz depois que me separo do seu aperto.

— Ah mamãe, muito obrigado.

— Desculpa minha filha, como você está? — Vejo sinceridade em seus olhos.

Claro que ela está preocupada, eu também sou filha dela.

— Vou melhorar, uma hora essa dor vai passar — Eu espero.

— E o Caio? — Nós duas olhamos para o inocente da história brincando com seu avô.

— Ele está confuso, doeu saber tudo pela boca do meu próprio filho. — Suspiro alto — Ontem ele falou que o pai dele nos abandonou.

Não gosto nem de lembrar.

— Eu imagino, não sei porque isso veio acontecer justo com vocês — Minha mãe está triste, tenho até dó dela, são suas duas filhas.

— Eu sei muito bem porque aconteceu com a gente. — Falei irônica — Maria Luiza é da nossa família.

— Não fale assim Maju! — Meu pai entra na conversa.

— O que pai? Vai passar a mão na cabeça dela? — Falei um pouco alterada. — Não seria novidade.

— Seu marido também tem culpa disso.

— Ex-marido pai, ex. Agora o seu protegido deve estar com sua mais nova mulher, olha que ironia, é com sua outra filha, que supostamente não deixará de ser seu genro! — As lágrimas escorriam pelo meu rosto, por minutos esqueci que meu filho estava presente e escutando tudo.

— Maria Júlia! — Repreendeu minha mãe, como se eu fosse uma criança.

Foi quando não consegui segurar, caí de joelhos e chorei, derramei as lágrimas que vinha segurando. Minha mãe se ajoelhou em minha frente e me abraçou, vi na hora que meu pai saiu com Caio que perguntava porque eu estava chorando.

— Chore filha, põe para fora tudo o que você está sentindo.

Eu fiz o que ela mandou, eu chorei, chorei muito, não sei quantos minutos se passaram, mas eu já estava calma e levantei junto com minha mãe.

Meu Segundo Advogado (REESCREVENDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora