CAPÍTULO 10

7.8K 587 1.3K
                                    

—  Mamãe, o papai vai voltar para casa? — A pergunta do meu filho é quase como uma facada no meu coração

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

—  Mamãe, o papai vai voltar para casa? — A pergunta do meu filho é quase como uma facada no meu coração.

Eu estava numa situação bem complicada. Carlos vai voltar? Eu quero que ele volte? Não sei o que responder para Caio, eu não tenho a resposta. Não quero mentir, não posso mentir. Nem para meu filho nem para mim.

—  Meu amor, eu não sei se seu pai vai voltar para casa, nós iremos conversar sobre isso, tá bom? —  Tento ser clara com ele.

—  Por favor, mamãe, deixe ele ficar.

Mas uma vez fico sem saber o que falar, Caio não tem idade para saber o que é uma traição, pelo menos é o que eu acho, então é claro que ele quer o pai de volta. Acho que eu também quero. Está sendo difícil sem Carlos, eu não sei quem sou sem ele, estou descobrindo e não está sendo legal.

—  Boa noite meu filho —  beijo sua testa. 

Saio do quarto apagando a luz e fechando a porta, meu corpo vai ficando mais tenso a cada passo que dou em direção a sala. Desço as escadas e vejo Carlo sentado no meu confortável sofá marrom, ele se livrou dos sapatos e suas pernas estão apoiadas na mesinha de frente ao sofá. 

Parece bem à vontade.

—  O que você quer conversar comigo, Carlos? —  pergunto sentando no sofá um pouco distante dele. 

—  Gosto mais quando você me chama de Cadu —  ele fala se virando para mim, dobra uma pena em cima do sofá para ficar mais acomodado e me olha.

Seu olhar faz meu coração acelerar, sinto um frio na barriga. Relaxa, Maju, é só o Carlos;

—  Fala logo, Carlos —  Não posso cair em seu papo, tenho que ser objetiva aqui.

—  Eu sinto sua falta, Maju —  Aquelas palavras foram diretas ao meu coração, toda a minha armadura caiu.

—  Eu também sinto a sua, todos os dias, mas o que você fez comigo e com Caio, é demais para aceitar —  não desvio meus olhos dos seus.

—  Eu sei, eu me arrependo disso, fiz uma escolha precipitada, eu fui egoísta, droga, eu não devia ter feito isso com vocês dois, meu amor —  tento decifrar seu rosto, acontece que  quando a pessoa  mente uma vez, fica difícil de acreditar novamente. Ele segura uma de minhas mãos e leva até seu peito, até seu coração —  sei que é difícil de acreditar e eu entendo, mas estou falando a verdade, Maju.

—  Você me machucou muito, Carlos —  baixo a cabeça tentando segurar as lágrimas —  ficar com minha irmã foi...

Meu Segundo Advogado (REESCREVENDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora