"O tempo vai passando, o medo aumentando e o controle se esvaindo por entre os dedos como a areia da praia, dando a entender que o encontro já foi retardado demais. Quando o último ciclo se completar, a esperança pode acabar."
[...]
As cortinas do quarto foram abertas, despertando cada uma das garotas que dormiam naquele grande quarto. Eliza, a diretora do orfanato, sentiu pena por tê-las despertado de maneira tão abrupta e repentina, mas se passassem mais alguns minutos em suas camas elas acabariam se atrasando e não era isso o que aquela senhora queria.
Eliza:Bom dia garotas — disse a senhora com um sorriso e as meninas foram se levantando pouco a pouco, mesmo que de maneira preguiçosa — sinto muito por ter acordado vocês assim, mas se passaram alguns minutos do horário de acordá-las e eu não quero que se atrasem para o primeiro dia de aula. O café está quase pronto — ela disse gentilmente e deixou o quarto, então as garotas ali começaram a se arrumar e arrumar as suas camas.
Nas camas mais afastadas ficavam quatro garotas muito especiais para o orfanato, por serem as mais velhas e as que estavam a mais tempo ali naquele lugar. Naomi, uma garota com traços japoneses e olhos tão fofos que a davam um ar delicado, Kaira, uma ruiva com sardas extremamente fofas e adoráveis, Layla, uma garota negra com longas tranças em seu cabelo, e Elora, uma garota de cabelo castanho longo e uma pele alva como a primeira neve do inverno, as quatro sempre foram muito próximas desde o dia em que foram deixadas no orfanato.
Foi uma dia que nunca mais saiu da memória de Eliza, numa noite fria de inverno a senhora ouviu baterem na porta e foi correndo atender, se surpreendendo ao ver quatro pequenas garotinhas deixadas em um grande manto que era a única coisa que cobria os quatro bebês naquela gélida noite, então a mesma tratou de colocá-las para dentro o mais rápido possível, com medo de que elas ficassem doentes com o mal tempo. Desde então as quatro se consideram como irmãs, já que vieram juntas e sempre estão juntas.
As mais novas desceram primeiro após se trocarem e arrumarem as suas camas, deixando as quatro mais velhas sozinhas no quatro, ainda terminando de se arrumarem.
Naomi:Prontas para mais um ano, meninas?
Kaira:Estou pronta pra tudo, menos para encarar a sra. Jhonson novamente. Ela é uma boa pessoa, mas a matemática simplesmente não entra na minha cabeça — Kaira suspirou e se sentou novamente em sua cama.
Layla:Olha pelo lado bom — Layla se sentou ao seu lado e a abraçou — estamos na mesma sala, assim como no ano passado, então você tem um bom motivo para estar animada hoje.
Elora:Um não, três bons motivos — Elora puxou Naomi e as duas, junto a Layla, abraçaram Kaira fortemente e a ruiva quase foi derrubada pelo forte aperto de suas irmãs.
Kaira:Ok, ok, eu já entendi. Mas vocês estão me sufocando. Parem — a ruiva disse rindo e as outras começaram a rir junto com ela, o que acabou causando um balanço e movimento na cama — vocês são as melhores irmãs que eu poderia ter no mundo.
Depois de mais um abraço bem apertado, as quatro garotas arrumaram as suas camas, se trocaram e desceram para tomar o café da manhã, aproveitando o momento antes de saírem para conversarem um pouco. Alguns minutos depois, todas haviam terminado de comer e voltaram aos quartos para buscarem as suas coisas, em seguida desceram e todas embarcaram dentro da van para irem a escola.
Metade das meninas do orfanato estudavam ainda no ensino fundamental, enquanto a outra metade, incluindo as mais velhas, estudavam já no ensino médio, então a van fazia duas paradas já que cada grupo estudava em uma escola diferente. Após a primeira parada, aonde as mais novas eram deixadas, a van seguiu para a escola aonde as mais velhas estudavam, deixando as mesmas ali poucos minutos antes do sinal do início das aulas tocarem.
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Elementar - A força da natureza [CONCLUÍDO]
Fantasy[Livro 1 de 2] {Meados de 1990} "As pessoas não acreditam na existência de outros mundos, mas isso é por uma boa causa... proteção" Em um grande e simples orfanato viviam várias meninas que sonhavam com o dia em que teriam uma família para chamar d...