Layla:Verdade, agora só falta a Kaira soltar fogo pelos ouvidos — as outras riram e Kaira revirou os olhos diante da fala de Layla, mas a mesma não aguentou muito tempo e se uniu as risadas.
[...]
Depois do ocorrido estranho na floresta e a conversa de como aquelas coisas e o ocorrido com a água semanas atrás poderiam ter algum tipo de ligação misteriosa — ou era isso ou estava ocorrendo algum tipo de alucinação coletiva — as garotas se reuniram com os outros alunos e a professora, então eles começaram as primeiras atividades daquele dia.
Era preciso fazer um reconhecimento de algumas espécies de plantas vistas em aulas, desde pequenas plantinhas até alguns tipos de flores e pequenos pés de frutas.
Passado a tarde, depois de várias atividades e bastante estudos, a noite caiu depressa, logo o céu estava repleto de estrelas e a lua brilhava intensamente por estar cheia, o que dava um clima mais agradável ao pequeno acampamento que os alunos haviam montado para passarem a primeira noite na floresta. A fogueira havia sido montada poucos minutos atrás e o cheiro de mashmallow derretido e biscoitos era sentido de longe, saboreados por vários dedos ágeis que nem tinham medo de se queimarem.
— Isso aqui está muito quieto. Ninguém aqui sabe contar uma boa história de fogueira? — disse uma das meninas, Emilly, que não era da mesma turma que as garotas.
— Eu sei uma, e boa — disse Carl, um dos meninos que era da sala das garotas — se preparem, porque essa aqui é uma história de terror muito boa.
Kaira sentiu a sua espinha gelar, a ruiva podia gostar de muitas coisas, mas com certeza ela não gostava de nada que estivesse relacionado ao terror, ela tinha medo. Muito medo. As outras perceberam e se achegaram mais de Kaira, pelo menos para que ela se sentisse um pouco mais tranquila.
Carl:Era uma noite, parecida com essa, mas não havia lua cheia. As nuvens cobiam tudo, estava um completo breu — Carl começou a contar com uma voz medonha, asssutando Kaira e outros alunos ali na roda — algumas pessoas foram acampar em uma floresta aonde era alertado para que ninguém fosse, pois começaram a acontecer desaparecimentos misteriosos e isso estava assustando todo mundo, mas eles foram mesmo assim. Montaram as suas barracas e ficaram ali por alguns dias, até que em uma das noites, quando a lua e as estrelas foram cobertas pelas nuvens, sons estranhos começaram a ser ouvidos — aquela altura do campeonato, praticamente todos os alunos estavam concentrados na história, com um pouco de medo — primeiro foram passos arrastados, em seguida o som aumentou, eram como garras que passavam por entre as árvores, arranhando os troncos. Os amigos se esconderam dentro das barracas, achando que estavam seguros. Até que, de repente, sentiram uma mão em sua espinha e... — a história de Carl foi cortada pelo grito de Kaira, este que fora causado pela mão de um garoto que havia feito isso para assustá-la, pois viu que a mesma estava centrada e com medo.
Mas esse não foi o maior foco da atenção de todos, pois quando Kaira se assustou e ergueu os braços em puro reflexo, a chama da fogueira dobrou de tamanho repentinamente, mas da mesma forma que ela cresceu, rapidamente ela diminiu e voltou ao estado normal. Os outros alunos encararam aquilo assustados, achando que tinha alguma força sobrenatural por ali, outros acharam que era alguma gracinha de Carl para deixar a sua história ainda mais assustadora, mas haviam também os mais racionais que supuseram que fosse apenas o vento que fez com que a chama se elevasse por alguns instantes.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Elementar - A força da natureza [CONCLUÍDO]
Фэнтези[Livro 1 de 2] {Meados de 1990} "As pessoas não acreditam na existência de outros mundos, mas isso é por uma boa causa... proteção" Em um grande e simples orfanato viviam várias meninas que sonhavam com o dia em que teriam uma família para chamar d...