Capítulo 25
Tiro minhas sandálias para sentir a deliciosa e confortável areia da praia sob os meus pés. Caminho por ela, sentindo o meu coração aquecido por estar tendo uma vista privilegiada da Golden Gate e do seu contraste perfeito com o céu estrelado.
É como se eu estivesse vendo algo tirado do paraíso... talvez por isso ela seja uma das sete maravilhas do mundo moderno. São Francisco é realmente um lugar maravilhoso!
E quando eu olho para trás... poderia ver algo mais perfeito que Pedro caminhando com o olhar atento ao mar, com a barra da calça dobrada até suas batatas, o que o deixou com uma imagem extremamente sexy e descontraída... quer dizer, quem não gosta de ver um tatuado deste com o cabelo balançando de acordo com o vento?
Já disse... ele deveria ser considerado um pecado...
Uma brisa calma e salgada nos atinge, me fazendo sorrir.
— Isso não é bom? — Pergunto já me entregando a sensação, com meu cabelo esvoaçante, lembrando que Pedro não é o tipo de cara que gosta de aproveitar a natureza ou entende quem gosta.
— Não tão bom quanto olhar para você... mas devo admitir que esse é um dos lugares mais bonitos que já conheci. — Dou risada, tirando o meu cabelo da frente do rosto. — Mas convenhamos que você só está falando isso por estar de barriga cheia. Se eu não tivesse comprado aquela quantidade de espetinhos de carne e cerveja para nós dois, você estaria até agora dizendo como seu dia está péssimo.
Dou de ombros, sem conseguir controlar o riso. Assim que chegamos na praia para podermos tirar fotos da ponte, nos sentamos na areia e começamos a comer espetinhos de carne e a tomar cerveja. Ele não estava muito animado para isso, pois pensava que o espetinho de carne daqui não seria tão bom quanto o do Brasil e por isso não valeria a pena... mas se tem algo que eu sei que aqui eles podem imitar bem como os do Brasil, são as carnes. E ele parece ter concordado quando mordeu o primeiro pedaço.
— Nem vem, o espetinho estava ótimo, admita!
Com um sorriso ele caminha até mim enquanto ando lentamente de costas, sentindo meus pés afundar na areia.
— Se eu admitir, o que eu ganho?
Paro quando ele já está próximo o suficiente, onde aproveito para envolver meus braços ao redor do seu pescoço, sentindo o cheiro do seu delicioso perfume masculino, enquanto aproximo meus lábios da sua orelha para sussurrar;
— Pode pedir o que quiser...
Ele ergue uma sobrancelha e enquanto nos encaramos com meu coração acelerado, um sorriso sacana surge em seus lábios.
— Posso pedir você para sempre? — Questiona ele, fazendo a sua pergunta soar como um baque em meu coração, tanto que eu prendo a respiração, sem saber o que falar.
Me desvencilho dos seus braços, apenas balançando a cabeça para os lados enquanto todos os meus sentimentos brigam um com outro dentro da minha cabeça, me deixando aflita. Por que de repente a sua pergunta me faz sentir vontade de chorar?
Me viro de costas, respirando fundo.
Talvez porque eu também o quero para sempre, mas... estou cansada de repetir para mim mesma o motivo do porque eu deveria mantê-lo longe.
— Eu só vou ficar por mais três dias... — Comento como se para alertá-lo de que o seu desejo não pode se tornar realidade, pois quando eu voltar para casa... o mundo real cairá sobre os meus ombros.
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RENDIDA - PARTE 2 - CRIMINOSOS EM SÉRIE (Concluída)
Romance"Eu acho que vou sentir sua falta para sempre, como as estrelas sentem a falta do sol nos céus da manhã." Sem rumo e destruída; foi assim que me vi após fugir do único homem que fazia o meu coração palpitar, pois além disso, ele também era o motivo...