Capítulo 30 - "Grávida?"

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Capítulo 30

Pedro

— Eu já falei que preciso entregar um relatório sobre essas obras amanhã! A minha palavra é a que diz se o livro será aprovado ou não pela editora. Se eu as ler aqui, não vou me concentrar... será que dá para parar com isso? — Exclama Emma irritada, se desvencilhando dos meus braços pela décima vez após eu a puxar pela cintura, fazendo ela sentar em meu colo e começar a beijar o seu pescoço, implorando para que ela faça seu trabalho aqui comigo.

— Qual é... eu prometo que não vou te distrair... só quero ficar olhando para você... — Murmuro de forma manhosa, mais uma vez a puxando pela cintura, a pondo sentada em meu colo no sofá enquanto mordisco o lóbulo da sua orelha, fazendo ela sorrir, se arrepiando.

— Pedro... — Ela põe suas mãos em meus ombros, tentando me empurrar, porém sem força o suficiente para tal, como se ela não quisesse realmente me afastar. — Aaaah! Está bem, eu trago os papéis para eu ler aqui. Mas você tem que prometer que não vai tirar a minha concentração, isso é algo importante.

Ela segura o meu rosto, me fazendo olhar em seus olhos sérios com um sorriso de orelha a orelha, satisfeito.

— Eu prometo que vou tentar... você sabe que é linda e gostosa demais para eu manter minhas mãos longe de você por muito tempo.

Ela ri, depositando um beijo suave em meus lábios.

— Então acho que vou ter que te amarrar. Aproveito que vou para o meu quarto pegar os documentos e já trago uma corda e uma fita para fechar a sua boca. — Diz ela brincando, já se levantando e antes que eu me deite de forma relaxada no sofá, bato em sua bunda empinada, fazendo ela saltar assustada.

Uma tremenda de uma gostosa!

— Boa menina, sem distrações. — Lanço-lhe uma piscadela enquanto a mesma sai da suíte, deixando a porta entreaberta apenas para ir ao seu quarto buscar os documentos.

Ajeito minha cabeça sobre uma almofada e me permito fechar os olhos com um sorriso que reflete a sensação boa e leve que está em meu peito. Eu me pergunto se eu conseguiria viver sem ela caso ela não me desse uma chance de ao menos mostrar que dessa vez vai ser diferente. Eu já sabia que estava num poço sem fundo quando ainda não havia a encontrado, mas só agora me dou conta que eu sequer estava vivendo, e sim apenas existindo até o dia que eu fosse encontrá-la.

Minha garotinha pequena e indefesa agora é uma mulher... como foi que isso aconteceu?

Quando ela voltou carregando aquela pilha de documentos e as jogou em cima da mesinha de centro da sala, sentando no tapete, bem aos meus pés encostada no sofá, eu não parei de observá-la nem por um segundo. Confesso que quase peguei no sono durante as várias horas que ela ficou encarando aquelas folhas com seus olhinhos concentrados, mas nem por um segundo, eu parei de admirar suas feições.

Por vezes eu a pegava rindo, outras com a bochecha vermelha e um sorriso tímido... ela também ficou com os olhos marejados e eu já estava começando a me perguntar se ela não estava louca quando ela olhou em meus olhos, como se estivesse compartilhando um segredo com aquela história, e foi quando eu pensei;

— Você já escreveu um livro, não é? Deixa eu ler.

Ela engasgou com a própria saliva, pondo os papéis sobre a mesa enquanto massageava seus peitos. Eu observei a sua reação com um sorriso nos lábios, afinal... Ela deve se sentir tímida para me mostrar algo tão pessoal, mesmo que uma pequena parte do mundo já tenha lido... é só que é muito mais fácil compartilhar pensamentos com estranhos do que com alguém que nos conhece.

RENDIDA - PARTE 2 - CRIMINOSOS EM SÉRIE (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora