Capítulo 24 - "O que é Voyeurismo?"

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Capítulo 24

Eu aceitei sair com ele... nem sei o que pensar sobre isso, mas estou tremendo. Mesmo ele tendo dito que seria um encontro inocente, eu o conheço e principalmente me conheço muito bem para saber que as coisas não serão assim...

A tensão que existe entre nós dois, não é algo que se dê para controlar.

— Tudo bem... pode me dar essas sacolas, eu só vou pôr elas no armário e a gente pode ir. — Murmuro, pegando minhas compras de suas mãos e virando as costas para ele, ainda receosa quanto a esse encontro.

Quer dizer... muita coisa pode fugir do meu controle e acabar dando errado, mas em contrapartida... ainda há algo que eu preciso saber.

Quando chego em frente a bancada, pego minhas compras e as organizo rapidamente ali, deixando algumas dentro das sacolas que são as quais eu vou levar para a minha casa. Aproveito para pensar mais uma vez sobre a minha decisão... que essa noite eu posso finalmente escolher qual o melhor caminho a seguir.

— Bom, eu... Ah! — Me virei para avisá-lo que já estava indo, porém a sua súbita presença logo atrás de mim me assustou. — Meu Deus! Você não deveria me assustar tanto assim. — Digo, pondo a mão sobre o peito, sentindo o meu coração acelerar. Até que eu percebo o que ele estava fazendo... — Estava olhando para a minha bunda, cretino?

Pergunto ao perceber seu sorriso safado e cabeça inclinada. Ele ri, se aproximando ainda mais do meu corpo, e me deixando encurralada contra o balcão.

— Você está linda... — Sua voz soa baixa, colando o seu corpo ao meu e pondo uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, me deixando momentaneamente abalada, encarando os seus olhos carregados de intensidade. — Cheirosa também...

Arfo quando a ponta do seu nariz passeia pela pele do meu pescoço, fazendo um arrepio percorrer o meu corpo enquanto suas mãos apertam a minha cintura.

— Pedro... — Sussurro, sentindo-me balançada com as batidas do coração aceleradas e o corpo implorando por mais atitudes como essa, que me deixam com borboletas no estômago.

Ele levanta a cabeça apenas para olhar em meus olhos com um leve sorriso. Seu rosto se aproxima do meu e eu fecho os meus olhos, sentindo meus lábios secos e sedentos pelo seu... ansiosa para entrelaçar minha língua na sua. Sua mão, como se soubesse exatamente o meu ponto fraco e o que fazer para me deixar louca, sobe até o meu pescoço e o aperta, fazendo eu erguer a minha cabeça para ele, ainda com os olhos fechados à espera do beijo.

Várias coisas passam pela minha cabeça. Se ele pretende me prender nesse balcão... eu deixaria ele fazer o que quisesse, mas...

De repente o seu corpo se afastou do meu e eu suspirei frustrada, abrindo os meus olhos apenas para encará-lo com confusão. Mas o sorriso em seus lábios já falavam por si só...

— É melhor a gente ir. Eu estou com fome. — Sua voz soou cheia de malícia, e enquanto ele dava alguns passos para trás, rindo da minha reação, eu abri a boca em choque, sem acreditar que ele apenas fez isso para me tentar...

Provavelmente ele quer saber até onde eu o deixaria ir mais uma vez, ou talvez... saber se eu realmente ainda gosto dele. Mas isso não faz sentido! Agora estou envergonhada o suficiente por ter fechado os meus olhos e ele não ter me beijado?!

Droga... que desculpa eu poderia dar? Fechei os meus olhos porque já não aguentava mais olhar na sua cara?

Patética!

RENDIDA - PARTE 2 - CRIMINOSOS EM SÉRIE (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora