Capítulo 18

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Depois de resolver toda a burocracia com o pedido de medida de proteção assim que acordei, voltei para a casa em menos de duas horas, encontrando Made ainda na cama.

É difícil entender essa paz, mas é tudo o que eu precisava. Vê-la deitada com a luz clara do dia sobre a sua pele frágil, é uma sensação inexplicável.

Eu trago com toda a força o meu baseado já no fim. Solto a fumaça e libero a tosse que vem junto, acordando Made.

Seu cabelo loiro está bagunçado, assim como o seu rosto amassado. Ela olha ao redor, provavelmente se perguntando onde está ou a onde eu estou....

Saio da sacada e vou ao seu encontro, feliz com a expressão de alívio em seu rosto.

— Bom dia.

— Bom dia — Ela sorri enquanto se senta. — Tudo bem?

— Eu estou bem — me junto a ela na cama. — E você?

— Bem...

— Ótimo.

Ela olha ao redor, tira a coberta do corpo e me olha em seguida.

— Aqui fica ainda mais bonito de manhã, né? — o rosto de Made é calmo.

Ela olha para o meu abdômen e viaja até a minha bermuda, aproveito a oportunidade e olho para o seu corpo seminu.

Made puxa delicadamente o cabelo para trás, expondo os seus seios fartos dentro da minha camisa branca.

— Com certeza. — Respondo.

Os olhos de Made ficam ainda maiores, o sorriso ainda mais largo e o corpo vibrando enquanto ela me beija lentamente.

Não sei o porquê não conseguimos conversar mais sobre ontem. Mas sinto que não estou preparado, assim como talvez Made não esteja também.

Ela puxa a minha nuca lentamente com força.

Deito o seu corpo sobre o colchão, passo os meus dedos com delicadeza por debaixo da camisa, observando um gemido de seus lábios sair.

O meu membro debaixo da bermuda fica rígido e eu me afasto. Antes de sair de cima, eu passo a minha língua no seu pescoço, brincando, eu chupo com carinho o lugar, ela arfa, me observando.

Deito ao seu lado, ela deita sobre o meu ombro.


— Hey. — Made me chama. — Tá tudo bem.

— Sim, eu sei. — Beijo a sua testa, aproveitando o momento.

— Hey.

— Hum?

— O que somos?

Paro.

— Como assim?

— Sabe — ela me olha. — Eu sei que tem esse negócio com a sua ex. Eu entendo, deve ser horrível passar por isso.

— Sim, é sim. — Concordo com medo da real pergunta.

— Mas e eu?

Os olhos de Made não são de pressão, mas são de dúvida, uma dúvida inofensiva.

— Você é você, Made.

Ela desvia o olhar, pensativa.

— E o que isso quer dizer?

— Como assim? — sorrio. — Por quê isso agora?

— Porque... Eu não sei. Quero saber o que eu estar fazendo aqui significa. — O seu sotaque fica mais forte, e os seus grandes olhos me atingem ainda em dúvida.

Ela também está nervosa com a própria pergunta.

— Hey — pouso a mão no seu rosto. — Eu também não sei... Mas isso, essa paz, significa muito para mim, Madelyin.

Ela concorda com a cabeça, sorrindo fraco.

— Eu fiquei com medo — ela fecha os olhos quando passo as costas do meu indicador na sua bochecha. — Ontem foi assustador. Pensei tanta coisa...

Eu não me sentia nada, eu sei que mesmo tentando proteger muito a Made de tudo, eu não podia. E talvez achasse aquilo muito brega e estúpido, mas quando trouxe o corpo da loira junto ao meu naquele momento, tive certeza que se eu pudesse, faria de tudo para que nada a atingisse.

Quero a proteger, eu vou te proteger, penso.

Fechei os olhos com Made no meu peito e pedi a Deus proteção.

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