Capítulo 28 O deus da destruição como conhecemos

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Sentado sob uma montanha repleta por bambus, em meio as folhas secas, um jovem havia pegado um pedaço da madeira da árvore que havia caído, furando alguns buracos circulares com diâmetros idênticos, com distâncias simétricas, e uma entrada por onde o ar iria passar por dentro daquela madeira, havia um vento forte sobre o lugar e as nuvens carregadas de chuvas tampavam a luz do sol ameaçando chover a qualquer instante, sentindo aquela brisa gelada bater em seu rosto, movimentando seus cabelos negros e longos, suas vestes pareciam dançar em meio ao vento, de olhos fechados aquele jovem entoava a primeira nota musical da historia da criação, em toda a Terra não havia sonoridade musical, ao ecoar aquela melodia, com o mover de seus dedos sobre os buracos que havia perfurado na madeira, tornavam aquela canção ainda mais atraente, aos poucos alguns animais cercaram a montanha e pareciam estar em estado de transi enquanto a musica envolviam seus ouvidos, com o pisar de um animal grande, semelhante a um urso branco, fizera o jovem interromper bruscamente o som que saía do instrumento que ele mesmo havia criado, se virando para trás, o jovem se assusta ao perceber aquele imenso animal, seu rugido espantara os demais que estavam cercando a montanha, deixando a flauta de bambu cair sobre as folhas secas da montanha, ele tentara fugir do animal selvagem que havia sido atraído pela sua musica, sem conseguir correr por muito tempo, seus pés acabam tropeçando em um pedaço de galho que havia caído sobre a floresta, com seu rosto ao chão, o jovem tentava escapar da fera se rastejando, antes que pudesse ferir o jovem, um som semelhante a de uma espada cortando o vendo, fizera o animal cair diante de seus olhos.

Ainda tremulo pela adrenalina que corria em suas veias, o jovem erguia vagarosamente seu olhar para cima até perceber que havia um garoto sentado sobre a fera e que o mesmo limpara o sangue da lâmina no próprio pelo do animal.

-Não sabia que havia vida inteligente sobre a Terra. - Exclamava o garoto que com um imenso salto parava em pé na frente da face do jovem que permanecia deitado sobre o chão.

-Por favor não me mate. - Exclamava ele apavorado enquanto erguia suas mãos em posição de defesa frente ao seu rosto.

Com um leve sorriso em seu rosto, o garoto o tocava em suas mãos finas e geladas.

-Ei, está tudo bem, não irei lhe machucar. - Respondia o garoto que com um sorriso acabara conquistando o coração daquele jovem desconhecido.

Demonstrando-se um pouco mais calmo, ele se levantava do chão demonstrando estar um tanto que desconfiado por nunca ter visto um garoto como aquele, mas o mesmo se acalmou por completo ao perceber que aquele ser havia pegado seu instrumento e lhe entregara.

-Qual o seu nome? - Perguntara o garoto misterioso

-Me ... chamo, Wei Wuxian. - Respondia o jovem enquanto tentava não olha-lo nos olhos.

Com um sorriso carismático, o garoto o toca em seus cabelos de maneira delicada enquanto parecia querer fazer um leve carinho em sua cabeça.

-Me chamo Yato, e para ser sincero, nunca vi uma criatura tão bela quanto você, ainda mais fazendo aquele som a qual estava fazendo a momentos atrás. - Dizia o deus da destruição demonstrando-se estar curioso e um tanto que intrigado pela primeira vez em sua existência.

-Hm, obrigado. - Exclama Wei enquanto batia em suas vestes para retirar algumas folhas secas.

-Se não for pedir muito, toque novamente para mim. - Dizia Yato enquanto permanecia ali, parado na frente do jovem que parecia estar mais apavorado com o deus da destruição do que com o animal que momentos atrás quase o matara. 

-Acho que ... Posso sim, mas antes me explique de onde veio e por que me salvou? - Indagava Wei Wuxian que se sentara no pedaço de madeira que o havia feito cair a momentos antes.

Noragami: Até o Último Deus CairOnde histórias criam vida. Descubra agora