Um silêncio paira sobre aquele quarto, Yukine pela primeira vez tenta esconder suas emoções diante de Yato, fechando suas mãos, o shinki amassava o papel ao qual havia traçado sua linha de raciocínio enquanto o deus da calamidade se aproximava lentamente dele, seus passos eram fortes e ecoavam o tinir do mármore entre as colunas do imenso aposento, Yukine desviava seu olhar para não encara-lo.
-Não vai dizer nada? Por que não olha em meus olhos como você sempre faz? - Exclama Yato demonstrando-se ansioso para obter uma resposta de seu shinki.
Tocando nas mãos de Yukine que estavam geladas, Yato delicadamente retirava o papel amassado de entre seus dedos, abrindo-o enquanto o desamassava, o deus da calamidade se demonstrava um pouco perplexo ao visualizar o raciocínio brilhante de Yukine.
-Agora me digas, já que sabes da verdade ... Você irá contra mim ou irá sempre me seguir? - Fazia Yato esta pergunta ao tocar gentilmente na face de seu shinki enquanto seus lábios ficavam muito próximos um do outro.
Dava-se para novar o movimento da traqueia de Yukine ao engolir sua saliva, seu rosto expirava leves gotículas de suor e sem desviar seu olhar, Yato o encarava de maneira incisiva, o deixando ainda mais constrangido.
-Eu ... Não sei dizer. - Respondia ele vendo o semblante de seu mestre mudar, causando em seu peito uma sensação estranha e dolorosa.
Se afastando de Yukine, Yato vira suas costas para ele, sem dizer uma única palavra, o deus da calamidade, fechava a porta por onde havia entrado, retirando suas vestes, Yato expunha seu corpo definido, ficando apenas de cueca, tecida por seda, quase que transparente, dava-se para notar a coloração e o leve mover de seu pênis dentro do tecido fino.
-Então se não me sabes responder, saía do quarto, preciso descansar. - Dizia Yato demonstrando-se levemente abalado pela resposta dada por Yukine.
Curvando levemente sua cabeça, ele permanecia parado por breves segundos, até conseguir obter coragem para se retirar daquele lugar, caminhando lentamente, com seus olhos voltados para o chão, Yukine sentia Yato lhe acompanhar com o olhar, estando diante da porta do quarto, com seu coração acelerado, seu semblante era semelhante a de uma pessoa que estivesse prestes a chorar, com suas mãos tremulas ele abria a porta, ao cruzar o portal, o mesmo permanecia parado em meio ao vento provocado pela chuva que caía naquele inicio de manhã.
-Independente de tudo Yato ... Saiba que eu ainda te amo, mas não sei se teria coragem para lhe apoiar em algo que sinto estar errado. - Dizia Yukine com sua voz embargada enquanto seus olhos eram molhados por suas lágrimas.
Sem se virar para seu mestre, o shinki fechava a porta dos aposentos permanecendo de costas para ele, abaixando seus olhos, Yato levava suas mãos para trás de sua cabeça, seu corpo apenas estava coberto da cintura pra baixo devido aos lençóis que lhe cobriam, com um semblante pensativo, o deus da calamidade permanecia em todo tempo envolto em seus pensamentos.
[ 2 Dias atrás ]
Yato permanecia sentado em seu trono enquanto os dedos de sua mão massageavam levemente seus lábios, Rabo, observava atentamente a cada movimento dado pelo deus da calamidade, o barulho dos portões se abrindo faziam com que Yato se ajeitasse levemente em seu trono, Nora adentrava ao salão real com um semblante meio turvado, se curvando diante de seu mestre, ela não levantava seus olhos.
-Meu senhor, preciso-lhe falar a sós se possivelmente. - Dizia sua shinki desviando levemente sua face em direção a Rabo que não retirava seus olhos de Yato.
-Mi Lorde! -Exclamava ele se curvando rapidamente enquanto se dirigia para fora daquele salão.
Afastando seus dedos dos lábios de sua boca, o deus da calamidade abria um pouco mais suas pernas, expondo de maneira indireta o volume de seu pênis marcando a calça de couro que estava vestindo.
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Noragami: Até o Último Deus Cair
Novela JuvenilUma guerra entre os deuses está para ser declarada, a corrupção dos homens chegou ao coração dos seres que deveriam reger pela paz e justiça no mundo dos mortais, a decadência tomou conta dos príncipes dos céus, as forças do mal agora se erguem junt...