Capítulo 18 A Ira de Yato

17 2 0
                                    


 Com as nuvens densas cobrindo a luz do luar, os ventos gelados balançavam gentilmente as luminárias as quais aqueles homens estavam carregando, em um pequeno grupo de quatro pessoas, eles eram conhecidos nas redondezas por zelarem do templo da deusa Bishamon, o chão parecia levemente molhado devido a grande umidade do ar, o som das cigarras e outros insetos noturno tornavam o ambiente mais agradável, subindo as intermináveis escadas cobertas levemente por lodo, aqueles homens rezavam em baixas vozes pedindo proteção a Bishamon todas as vezes em que iriam subir ao templo para cuidar dos afazeres.

Tudo estava normal como de costume, os portais bem cuidados e iluminados, as plantas bem podadas e as flores cobriam as imperfeições das demais árvores que rodeavam o lugar do templo, abrindo-se os portões de madeira maciça, o ranger bramia entre as construções da montanha, um forte vento soprara em seus rostos apagando as lamparinas as quais estavam segurando em suas mãos, com a luz da lua rasgando as nuvens, um semblante de medo se desenhava em seus rostos, havia sangue espalhado por todos os lados no pátio principal, seus pés pisavam no chão que havia se assemelhado a poças, seus sapatos se tornavam vermelhos ao caminhar pelo caminho do extenso jardim.

-Por Bishamon ... o que houve neste lugar? - Indagava um dos homens deixando as lamparinas escorrerem de seus dedos e caírem em meio as cascalhos ensanguentados.

-Acho melhor não avançarmos mais, não sei o que houve, mas é prudente irmos embora. - Dizia o último homem do grupo ao tentar ascender novamente sua lamparina.

Com temor expressado em seu semblante, todos vagarosamente se afastavam da entrada do templo, caminhando cuidadosamente para que não fizesse nenhum tipo de barulho brusco, as lanternas de papel tradicionais acessas com fogo, estavam manchadas e cobertas liquido viscoso, e todas as estátuas de Bishamon estavam com seu rosto destruído enquanto mais sangue escorria entre as esculturas.

Sentado no salão principal, Yato abria seus olhos em uma velocidade impressionante, se levantando da cadeia a qual estava, ele descia calmamente as escadas do salão.

-São humanos ... provavelmente os cuidadores do templo, Kazuma havia me dito sobre eles a algum tempo atrás. - Dizia Yato em forma de sussurro ao sentir a presença deles dentro lugar.

Fechando os portões do lugar, apavorados, todos apressavam-se em seus passos para se distanciarem do templo da deusa.

Olhando para uma árvore de sakura, Tenjin observava acalmaria daquele momento, o cantar das cigarras lhe causavam uma sensação nostálgica dos tempos antigos aos quais se lembrava de sua infância, uma de suas shinkis se aproxima com grande euforia em sua direção o fazendo interromper bruscamente a viagens que estava tendo em suas memórias.

-Mestre, desculpe-me por vir a este horário mas trago informações. Dizia a mesma ofegante devido ao fato de que estava correndo para encontra-lo.

-Então me diga o que tem de tão importante assim que a fez me ver agora e não quando o sol raiasse. - Respondia ele dando-lhe a autorização para que entregasse a notícia.

-Primeiro, os shinkis renegados já estão sendo conduzidos ao trem que os trará para cá, a segurança já fora fortificada e tudo ocorre como planejado, mas temos outras informações que não são agradáveis. - Dizia ela enquanto tentava se acalmar e pegar um fôlego para repassar a informação de maneira clara e sucinta para seu mestre.

-Então me diga qual é esta notícia não agradável. - Exclamava Tenjin ao se demonstrar um tanto que impaciente.

-Os shinkis de Bishamon, foram executados esta noite por Yato no antigo templo do fogo a qual ela morava, moradores da região foram para fazer uma visita ao templo da deusa e se depararam com grande quantidade de sangue no pátio principal. - Dizia a shinki com dificuldades em controlar o tom de sua voz devido sua respiração ofegante.

Noragami: Até o Último Deus CairOnde histórias criam vida. Descubra agora