Tremi com todo aquele silêncio.
- Tu é que és a colega nova? - disse a professora tentando acabar com aquele silêncio ensurdecedor. É estranho dizer silêncio ensurdecedor, mas a verdade é que o silêncio se fazia ouvir bem alto e quase me furava os tímpanos, entrado dentro de mim e bloqueando-me os sentidos.
- Sim, sou.
- Entra e sê bem-vinda. Senta-te ao lado da Chloe. - disse-me
- Ok. - disse eu timidamente
-Segue-me. - disse a Chloe
Seguia até ao seu lugar e sentei-me perto dela. A professora recomeçou a dar a aula e enquanto todos olhavam para o quadro, eu apenas olhava para baixo e rabiscava no meu " diário/ bloco de desenhos/ bloco de notas" até que... levantei o olhar e comecei a analisar os alunos.
Havia alguns que pareciam ser simpáticos mas havia três raparigas que pareciam ter algo mais do que simpatia, mas pode ser erro meu.
Depois olhei para a segunda fila a contar de trás ( a sala era composta por cinco filas e eu, juntamente com a Chloe, estava na segunda fila a contar da frente ) e reparei num rapaz que ... tinha o cabelo a tapar parte da cara, mas quando voltou a olhar para o quadro, os cabelos desviaram-se da cara e deram-me a reconhecer o rosto do Bernardo.
Nem podia acreditar que era ele...mas estranhei ele ainda não me ter reconhecido.
Passei o resto da aula a pensar nisso, anciosa por que tocasse a campainha que anunciava o intervalo.
E finalmente tocou.
Tenho de ir falar com o Bernardo!- era só nisto que eu pensava.
Apanhei-o a saída da sala e ...
- Olá! Não me reconheces? - disse-lhe eu
- Olá! Então como é que estás, Jade?
- Bem, obrigada. E tu?
- Também. - disse ele
- Até parece que já não nos vemos há um ano! - exclamei eu
- Pois é verdade, mas a mim pareceu-me.
A segunda parte da frase que ele disse mal a percebi, pois ele disse-a muito baixinho, mas fiquei surpreendida com a facilidade com que ele disse aquilo pois ele costumava ser muito tímido.
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Diferent
Teen FictionEsta é a história de uma rapariga que desde pequena que nunca ficou muito tempo no mesmo país, e por isso nunca conseguiu fazer amizades. A única coisa de que ela gostava e em que, quer fosse nos dias bons ou nos dias maus, a confortava e a alegr...