Party and surprises - Entrada estrondosa

30 4 0
                                    

   O meu telemóvel tocou, era o Eduardo.

- Olá. - disse eu
- Olá.
- Posso levar alguém para a festa?
- Claro que sim, desde que esse alguém não seja um mal-humorado.
- Obrigada.
- Já agora, daqui a duas horas vou buscar-te, não te atrases. - disse ele
- Ok.
- Até já.

   Mal a chamada terminou, liguei logo ao Bernardo a convidá-lo.

- Estou? - ouvi o Bernardo dizer
- Olá. É a Jade.
- Olá. Como estás?
- Bem, obrigada.
- Então qual é o motivo desta chamada?
- Era para te convidar para irmos a uma festa. Vens?
- Está bem.
- Tens de estar pronto e na morada que te vou mandar por mensagem daqui a 1 hora e 40 minutos. OK?
- OK.
- Não te atrases. E nós vamos à boleia de um amigo.
- Até já.
- Até já.

  Vesti a roupa que tinha escolhido, calcei os sapatos e preparei-me para sair. Coloquei tudo o que precisava na mala e sentei-me no sofá com a minha irmã enquanto esperava que o telemóvel tocasse.

TRIM! TRIM! - o telemóvel tocou e tirei-o de dentro da mala.
Fui de novo ao quarto ver se não estava despenteada e depois despedi-me, peguei no telemóvel e saí.

  Cheguei à rua combinada e entrei dentro do carro, ainda não sabia nada do Bernardo, ele já ia chegar atrasado.

Cumprimentei com um abraço o Eduardo e, segundos depois de estar dentro da limusine, apercebi-me de que me tinha esquecido da carteira/ mala em casa, e eu precisava mesmo dela.
  Resolvi pedir ao Eduardo para ir à rua onde eu morava verdadeiramente, teria de lhe contar mas, como o Bernardo não estava ainda connosco e o Eduardo também sabia como era a vida de rico, resolvi confiar nele:

- Ed...
- Sim, Jade.
- Eu preciso que vás para as casas que ficam cinco ruas atrás.
- Porquê?
- Esqueci-me da carteira em casa.
- Mas, eu pensei que moravas nesta rua.
- Mas não moro.
- Porque é que me mentiste?
- Não foi só a ti, foi a todos.
- Qual era a necessidade?
- Eu sou rica, mesmo muito.
- E ? -perguntou ele
- E eu não quero que as pessoas me tratem de forma diferente, e também não quero ter amigos só pelo dinheiro.
- Eu compreendo.  Eu às vezes também me pergunto se devia ter deixado que os outros soubessem.

- Ainda bem que pude contar a alguém. Finalmente pude desabafar. Mas não contes a ninguém.

- Não tencionava contar.

- Obrigada.

- De nada. Eu vou ser o teu cofre de segredos, ok?

- Ok.

- Então qual destas casas é a tua? - perguntou ele assim que chegámos a minha rua

- Esta.

- A tua família não olha a meios no que toca a escolher a casa, e se bem sei deve ter uma praia privada, não é?

- É.

 Fui até casa, peguei na mala e voltei para o carro.

- O teu telefone tocou. - disse-me o Eduardo

- Quem era?

- Não fui ver, não queria invadir a tua privacidade.

- É o Bernardo, já deve ter chegado a minha morada falsa.

- Bernardo?! - disse o Eduardo espantado

- Sim, tu disseste que eu podia... - ele interrompeu-me a meio da frase

- Esquece. Vamos mas é buscá-lo.

O Eduardo foi dar a volta por outro lado para que o Bernardo não soubesse de onde tínhamos vindo.

Chegámos lá e o Bernardo entrou na limusine.

-Tu... - disse ele assim que viu o Eduardo

- Agora não. - disse o Eduardo

- Agora não o quê? - perguntei eu

- Nada. - respondeu-me o Bernardo

# MUITO ESTRANHO

 Durante toda a viagem estivemos calados. Um silêncio horrível.

Finalmente chegámos à casa do Eduardo, onde se iria dar a festa e reparei que já lá estava a escola inteira.

- UAUU! - disse eu assim que chegámos à porta que do outro lado tinha uma escadaria enorme     ( a descer ) que dava para a festa.

 O Bernardo abriu a porta e desceu, mas as pessoas nem deram por isso.

- Acompanhas-me? - disse o Eduardo com excelente educação

- É claro que sim.

 Ele abriu de novo a porta e eu, com o meu vestido curto e com decote em forma de coração, e ele, com um fatinho preto e garvata branca, descêmos a escadaria com a maior classe e vagareza.

 Ele deve ter reparado que eu estava a ficar com as bochechas vermelhas e super tímida, pois ele disse-me:

- Descontrai.

- Para ti é fácil, mas para mim...  - disse eu

 Ele agarrou a minha mão e quando dei por mim, tinha a sala toda a olhar para nós. As raparigas estavam todas como quem pensa: " Quem é aquela e o que faz com o meu futuro namorado? ".

 Por fim a escadaria chegou ao fim, mas logo nos vimos rodeados por rapazes, raparigas e por uma rapariga que tinha traços do Eduardo. Deve ser da família dele.

- Olá. Sou a Clara. - disse ela

- Muito prazer, sou a Jade.

- Igualmente. Sou a irmã do Eduardo.

 Ela pareceu-me ser muito educada, talvez até demasiado. Devia ter a mesma ou parecida idade do Eduardo.

- Ela é minha irmã-gémea. - disse o Eduardo



...  





DiferentOnde histórias criam vida. Descubra agora