Num momento estou a caminho dele e agora estou aqui no hospital a passar a minha primeira noite neste lugar.
Resolvo olhar em volta e procurar o meu telemóvel. Encontrei-o. Tinha apenas o vidro rachado. Achei que ele só deveria ter caído. Que sorte.
Pesquisei a Clara na minha lista de contactos. Liguei-lhe:
- Olá J. Estás melhor? - diz ela
- Sim. Obrigada.
- Estás com alguém no hospital?
- Companhia? Nada, nada de nada.
- Então até já.
- Vens cá ter?
- Sim.
- Ok, até já.Esperava conseguir falar com ela e obter respostas sobre o Eduardo.
# A Clara chegou
- Olá. - diz-me ela.
- Boa noite. -respondo-lhe eu
- Então, como estás?
- Ainda não sei bem.
- Como assim?
- Ainda não tive coragem de espreitar as minhas pernas para ver como estão.
- Percebo. Mas tens de as ver.
- Ok.Entra uma médica
- Bom dia.
- Olá.
- Já te levantaste?
- Não.
- Mas dói -te?
- Parece que não têm osso no interior.
- Deves ter o osso partido. Vou buscar uma cadeira de rodas para puderes ir fazer o raio-x. - diz-me ela enquanto saía do quarto.----
A Clara permanece em silêncio durante alguns minutos e com o olhar baixo, até que eu lhe pergunto:
- O que é que se passa?
- Nada...
- Que tipo de nada? Um nada de problemas amorosos ou...
- O Eduardo...
- O que é que aconteceu? - digo, ficando um pouco preocupada
- Eu não te posso contar.
- Porquê?
- Não posso!
- DIZ-ME CLARA! JÁ ESTOU A FICAR MUITO PREOCUPADA.
- Sabes... Depois de tu...
- Depois de eu, ... sim, eu sei...
- Ele... ele - diz ela aos soluços - ele chegou a casa e fechou-se no quarto. Não lanchou, nem jantou. Não saiu do quarto dele, ou pelo menos era o que eu pensava. De manhã, levantei-me para ir tentar falar com ele, mas...
- O que é?
- Ele não me respondia nem abria a porta do quarto, e os nossos pais acordaram e viram-me ali, preocupada, por isso arrombaram a porta e viram que o quarto estava muito desarrumado e que estava vazio. Eles perceberam logo, ele tinha fugido...
- ... - foi como eu fiquei
- Eu sei... desculpa, não te devia ter contado. - diz a Clara enquanto chorava
- Desculpa-me é a mim, fiz com que o teu irmão desaparecesse. - disse eu, que me sentia imensamente culpada
- Clara, se quiseres ir e procurá-lo eu não me importo.
- É melhor. Adeus Jade.
- Liga-me se souberes alguma coisa dele ou se precisares de desabafar. Adeus.
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Ela sai e eu preparo-me para os exames ( e para os resultados ), continuando sem sentir uma das pernas.
-------------------------------- DIA SEGUINTE ( pouco depois da hora de almoço ) ---------------------------
Já tinha feito os exames e os resultados foram uma perna partida, uma pequena fratura no braço e músculos magoados. Eu pensei: " Até nem foi assim tão mau. " A verdade é que é mau mas, comparado com o que podia ter acontecido...
O outro motivo de preocupação continuava em stand-by. A Clara não me tinha telefonado nem mandado uma única mensagem. Eu estou cada vez mais e mais preocupada.
------------------------------------- À NOITE ----------------------------------------------------------------------------
Continuava à espera de notícias, mas nada.
De repente veio-me uma imagem do Eduardo num beco a tentar suicidar-se à cabeça. Não, eu não podia deixar isto acontecer. " Eu tenho de o ir procurar. "
Chorei durante alguns minutos enquanto pensava no que poderia acontecer e depois peguei nas muletas e preparei-me para o ir procurar.
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beyourself2504 - 2016
Espero que tenhas gostado.
ATENÇÃO:
O próximo capítulo vai ser especial, repleto de amor e perigo. Por favor votem e comentem. Eu gosto imenso de saber a tua opinião.
;)
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Diferent
Teen FictionEsta é a história de uma rapariga que desde pequena que nunca ficou muito tempo no mesmo país, e por isso nunca conseguiu fazer amizades. A única coisa de que ela gostava e em que, quer fosse nos dias bons ou nos dias maus, a confortava e a alegr...