Amigos surpreendentes

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  O meu segundo dia de aulas.

Acordei, vesti uma saia branca e uma blusa azul-clara juntamente com uns ténis brancos, e fui para a escola.
  Fui meia-hora mais cedo para ficar a conhecer melhor a escola e para arrumar e limpar o cacifo.
Cheguei e fui direita ao cacifo e enquanto lá estava ouvi uma voz, a do Eduardo,  a dizer:
- Estou farto da Catarina e da Lucy! Acham-se lindas e pensam que eu gosto delas mas, sinceramente! E ainda por cima espalham boatos sobre isso. Qualquer dia...

Pensei logo que elas seriam ex-namoradas dele ou então pretendentes.
  Fechei o cacifo e quando ía aprobeitar o tempo que ainda tinha para dar uma volta de reconhecimento, aparece-me o Eduardo ao lado.

- Olha quem é ela! A rapariga que me caiu literalmente nos braços.
- Sim já sei, não é preciso gabares-te disso. - disse eu um pouco secamente, mas eu não estava com paciência para rapazes namoradeiros.
- Está bem, está bem, eu vou tentar não me gabar mais. Então queres que seja o teu guia pessoal da escola?

Depois de ele dizer isto ele pegou-me no braço e puxou-me. Levou-me até todos os cantinhos e mais alguns da escola contando-me histórias sobre esses lugares.
Até que a campainha tocou.
- És de que turma? - perguntei-lhe eu
- 9 F. E tu?
- Eu sou do 8 B.
- No intervalo do almoço vai ter comigo ao restaurante que fica ao fundo da rua, e se quiseres, traz uma amiga pois eu vou levar um amigo meu. Pode ser, amiga?
- Acho que sim, mas a parte de levar uma amiga não sei.
- Ainda não tens? Que disparate , é claro que tens. Mas isso logo se vê, ok?
- E, mais ou menos, quanto é que vai custar o almoço?
- Para ti, nada.- disse-me ele
- Como assim?
- Eu pago-te o almoço. Mas agora é melhor ires andando para a sala ou então chegas atrasada.
- Até daqui a bocado! - despedi-me eu dele
- Até já.

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