Onde que eu fui amarrar meu burro?

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A semana havia passado, trazendo com ela o Sábado e Domingo, os dias dos jogos eram sempre agitados, a plateia, os jogadores e até mesmo os funcionários do colégio ficavam loucos com time em campo.

O colégio Suny Korea é marcado e conhecido pelo seu histórico recheado de vitórias ao longo dos anos, sendo não apenas dos jogos masculinos de futebol. Os jogos femininos de handebol eram sempre um fenômeno marcando pouquíssimas derrotas ao longo, xadrez, perguntas e respostas e natação... O colégio era prestígio e vivia no topo sempre para continuar no ramo e os alunos viviam seguindo a tradição, dando o melhor em cada ramo que podiam.

Aquele Sábado, líderes de torcida e jogadores se encontravam eufóricos no fundo da quadra. Min-hyuk tinha o pé sangrento, cortes causados por giletes postas nas palmilhas da chuteira. Seria impossível entrar em campo daquele jeito, cerca de quatro filepas de giletes estavam na palmilha do jogador e tudo que o garoto mais pedia aos céus era que fossem novas.

O capitão do time a todo custo queria sair para tirar satisfação com a pessoa que fez aquilo, claro, era do time rival, mas agora tudo o que tinham que focar era em quem entraria no lugar do zagueiro.

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Na quadra ficava cada vez mais estressante para Tzuyu aguentar aqueles gritos, a sua esquerda largada na cadeira Jeongyeon bebia sua coca-cola com a maior cara de desprezo por tudo e todos. Por sorte ou tanto faz para sí, a sua entrada para assistir ao menos os jogos fora permitida já que retornaria apenas na Terça-feira ao colégio pelo espancamento de Won Woo.

A direita da Chou uma Somi quietinha comia sua pipoca enquanto observava a Son ajeitar as câmeras nas laterais da quadra. Talvez ela precise de ajuda... Jooheon está lá, com ela.

Ao que citamos, não para de olhar para as arquibancadas, talvez fosse a procura de alguém, e esse alguém Chou Tzuyu sabia quem era. Passara os ultimos dias estalkeando o perfil da menina que fez Jooheon ver algo melhor que video game, talvez fosse uma garota legal.

- No mínimo eles tem que marcar três gols - Yoo juntou as mãos em baixo do queixo fixando os olhos nos jogadores entrando em campo - No mínimo.

- O time da casa é forte, nunca ouvi falar do rival... Mas eles aparentam ser mongos.

Jeongyeon assentiu para a afirmação de Somi.

A arquibancada observou quando os jogadores ficaram em um canto afastado dando o devido espaço para a apresentação das meninas. Agitavam e agritavam eufóricos balançando a tirinha azul da cor do colégio.

Chaeyoung em frente as garotas, agradeceu aos céus por as lentes terem entrado de acordo com a câmera no momento que o som da música soou. A apresentação era sempre impecável, não pode negar, as roupas... Cabelos... Sapatos... Saias, coxas, talvez aquilo fosse bobagem, falava tanto mal dos punhetinhas.

- Vou pra esquerda!

Assentiu para Jooheon, encarregado de fotos a takes especiais. Os ensaios, talvez, seria uma boa ideia de ser gravado também, mas já era cansativo. E ainda tinha os jogos, quase duas horas que duravam.

Para uma lésbica futurisa, filmar caras suados e fedorentos era o fim.

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Tzuyu voltou da barraquinha de cachorro quente e antes de se sentar Jeongyeon avançou em seu pedido reclamando pela demora.

Somi agradeceu e voltou sua atenção para a quadra com os meninos em campo, faltava alguém. Havia um outro garoto, loiro, aquele menino era de outra sala.

- Trocaram um jogador? - Se virou para a Chou - Não era aquele menino da nossa sala quem jogava?

- Hm - Tzuyu pegou um guardanapo do colo da Yoo e limpos os cantinhos da boca - Era?

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