Leonard e Penny

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E quem um dia irá dizer que ir a escola era algo ruim.

Os tênis com os cadarços perfeitamente enlaçados passavam despreocupadamente pelo corredor em que era aberto pelos alunos, o cabelo arrumado prendido perfeitamente em um rabo de cavalo com as pontas jogadas para o ombro esquerdo, e como sempre, brilhoso.

Hoje sua saia um pouco mais curta que o normal atraia cada vez mais olhares a cada passo que dava em direção a sala de aula, aquele uniforme lhe dava vantagem.

Aquele colégio era bom demais.

E Mina amava ser a rainha dele.

O pequeno espelho colado na porta do armário agora refletia a imagem da japonesa terminando de arrumar uma parte da sobrancelha e com o mindinho ajustar o gloss no canto da boca. Aquele espelho estava ali a mais de três anos.

- Bom dia - Jihyo apalpou a melhor amiga antes de chegar no próprio armário. - Chegou agora?

- Ótimo dia, ótima noite também eu espero, cheguei quase agora.

A coreana mordeu os próprios lábios em frente ao espelho da porta de seu armário aprovando o brilho labial em que acabara de passar.

- Vem tenho que te mostrar uma coisa.

Mina assentiu. Os corredores aos poucos iam ficando mais cheios a cada minuto mas não era nada que dificultasse sua passagem com a garota ao lado, cujo o braço estava enlaçado ao seu.

Os pensamentos de Mina não estavam em um certo ponto apenas, algumas coisas no treino seriam mudadas hoje com a ausência da Nayeon e era provável que a mais velha não se apresentaria no próximo jogo por conta do pé, até mesmo hoje tinham zero chances da Im vir ao colégio.

Agora sentadas em seus lugares na classe, Jihyo procurava algo no telefone enquando a japonesa encarava o lugar da Son que ainda não havia chegado. Se perguntava como nunca havia a notado antes; mesmo que tenham estudado juntas por anos aquelas posições eram sempre as mesmas, ela se sentava nas cadeiras da frente. Não notar não era o fato: já havia tido certas desavenças com o projeto de anão algumas vezes ao decorrer dos anos e depois dos atos, continuavam como sempre, uma invisível para a outra.

Agora era difícil não se imaginar rebolando no colo dela.

- Olha, começa a ler dessa parte.

A Park apontou com o dedo o ponto certo na tela para a japonesa ler as mensagens no telefone:

[Jihyo] - Entendi Tzuyu, mas nesse momento, o quê você tá fazendo?

[Tzuyu] - Eu tô fazendo bolo.

[Jihyo] - Tzuyu, você quer ver os meus peitos?

Que vadia. E Mina estava toda orgulhosa.

[Tzuyu] - Pra quê?

[Jihyo] - Pra você ficar excitada. Posso mandar?

[Tzuyu] - Mas eu não quero ficar excitada, eu tô fazendo bolo.

Mina largou o telefone em cima da mêsa, a coreana assentiu concordando com a reação descrente da amiga.

Passos de outras pessoas eram escutados no corredor ao lado da classe ao que indicava que os outros alunos do terceiro ano já estavam chegando. Os ombros da japonesa se erguiram por automático no momento em que ouvira a voz e a silhueta da Son adrentando na classe com seus amigos e Somi abraçada a ela.

Agora sua atenção estava nela, em como aquela gravata de seu fardamento vivia frouxa, parecia que combinava junto da Yoo para aquilo, mas não era nada demais. Os cadarços amarradinhos e Mina sorriu, saber que Chaeyoung havia entendido que Mina não gostava de seus cadarços desamarrados era um sinal muito bom. Antes de qualquer coisa a japonesa mais uma vez verificou o gloss pela tela do celular antes do professor de sociologia adentrar na sala de aula.

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