C.A.C.C - Cleitin, a casa caiu

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A poeira de comentários sobre o perfeito e admirável trabalho de geografia havia baixado um pouco mais naquela manhã, os alunos do terceiro anos comemoravam por incrível que pareça todos juntos no pátio da Suny Korea, as avaliações tendiam a serem ótimas, elogios, aplausos e cada dupla deu seu melhor para conseguir uma boa nota.

Naquele momento era como se não houvesse as desavênsas entre os mais excluídos e aqueles reconhecidos no colégio, era a turma do terceiro ano, que apesar de tudo aquela turma tinha seus momentos puxados mais para mais o lado ruim, mas quando o bom estava presente, nada estragava o momento.

Desde Jinyoung simulando estar comento Mark de quatro em cima de uma mêsa aleatória no pátio, a seus amigos... Jeongyeon com aquele sorriso maravilhoso abraçada a Tzuyu, Somi atrás de sí com as mãos em sua cintura a Jooheon fingindo entender o quê um dos jogadores lhe dizia. Qualquer professor que passasse por alí ficaria surpreso com a aproximação dos colegas, com toda certeza do mundo eles teriam lembraças péssimas daquela turma.

— Ei porra, festa na casa da Jihyo hoje, é pra todo mundo ir! — Shownu berrou com a mão no canto da boca atraindo gritinhos de alguma das meninas.

— Podem ir —  A líder de classe rebateu e se desencostou da mêsa sorrindo da felicidade do moleque ousado — Quando chegar lá eu expulso tudin.

Alguns xingamentos foram ouvidos e a Park riu com aquilo, jamás seus pais deixariam que desse uma festa em casa, logo agora que sua irmãnzinha estava a caminho. Jihyo deixou de rir quando seus olhos pousaram em um rosto expecífico naquela rodinha.

Jeongyeon sempre estava abraçada a ela, era como se Tzuyu fosse um remédio que precisasse tomar vinte e quatro horas do dia para sobreviver, nunca estava sozinha e, na noite anterior quando havia se passado mais de meia hora na porta do cinema esperando, se deu conta de que ela não viria, seu travesseiro naquela noite de Domingo havia sido o seu consolo.

Se premitiu desviar os olhos quando os da taiwanesa dispuseram sobre os seus, apesar de ter sido por poucos segundos não deixou de ficar com um risinho no rosto o resto da comemoração, não seria uma fracassada qualquer que brincaria com seus sentimentos, afinal, convites para encontros e garotos loucos por sí era o que não faltava em sua agenda.

A comemoraçãozinha durou mais algum tempo.

Depois de anos, aquela foi a primeira Segunda-feira a não ser abominada por Son Chaeyoung.

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Um sessão de músicas brasileiras se passavam nos fones da japonsa dentro da farmácia. Mc Carol de Niteroi, Stefhany absoluta e Pablo do arrocha faziam rítimo no corpo e mente da estudante.

Cerca de nove ou oito anos atrás em Osaka, sentada no banquinho esperando o motorista vir lhe buscar, a garotinha esperta aproveitava para observar a professora estrangeira de balé dançar ao rítimo brasileiro, penteava os cabelos da boneca com os próprios dedos como forma de despista enquanto seus olhos vez ou outra observava a professora Luiza Sonsa.

Eram raras as vezes que seu motorista se atrasava, mas em todas elas a pequena Myoui se apaixonava cada vez mais pela cultura e o rítimo, fazendo assim com o passar dos anos pesquisar mais sobre a cultura, artistas e costumes brasileiros, Los Hermanos era a sua banda favorita, Neymar o atleta e a vontade era imensa comer algumas comidas típicas e de assistir um show de algum artista brasileiro. Parecia ser animado.

E se orgulhava pra caralho por saber dizer uma fala famosa "alô, alô, alô, graças a Deus"

Os dedos da menina deslisava pela linha reta da prateleira, por cima dos preços para ser mais exata, a ala em que estava atraía olhares de algumas pessoas mais velhas que julgavam, aqueles que julgavam como se fossem santos. O chiclete desgastado em sua boca pedia socorro para ser logo descartado, Mina pousou o indicador em baixo do queixo se perguntando qual caixinha deveria pegar.

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