Confusões, intriga e mistério.

2.6K 244 233
                                    

Os sanduiches os gelos e a coca-cola foram ao chão, quando Chaeyoung jogou seus braços em derredor do corpo de Jeongyeon. Sentindo cada parte de seu corpo ser acolhida por seus braços. Aquele era seu convite.

Jeongyeon fechou a porta atrás de sí carregando a Son até estarem próximas ao sofá onde alí permitiu deixar a amiga derramar cada lágrima de lamúria por seus ombros. Seus bracinhos frágeis apertavam o corpo da Yoo buscando uma fuga para poder respirar e colocar para fora todo o sofrimento e a dor que aquele dia causou.

De raiva, Chaeyoung soluçava contra seu pescoço, eram tantos anos naquela mesma situação, humilhação, sofrimento, medo. A mais de cinco anos os tormentos diários. Medo por andar pelos corredores e ter seus livros arremessados em direção ao chão, receber um copo de algum líquido gelado em meio ao rosto e a cada dia em que se passava naquele colégio eram motivos para uma noite lamentável, por saber que por obrigação, teria de retornar no dia seguinte.

Sentiu as mãos ásperas de sua amiga segurar suas bochechas ruborizadas e serem acariciadas, Jeongyeon tinha seus olhos serenos enquanto passeava os dedos por seu rosto limpando cada resquício de lágrimas. Pensar que talvez devesse ser forte como ela seria uma ótima ideia, ou péssima, talvez.

Jeongyeon já tinha muitos problemas.

E considerava a amiga forte por uma série de motivos.

— Quer um? – Fungou, depois de se recompor um pouco e apontou para os sanduiches um pouco bagunçados no pratinho no chão.

— Isso tá estranho.

Chaeyoung sorriu, o ketchup mechido alí tinha realmente dado um efeito estranho no lanche, mesmo assim Jeongyeon não deixou de elogiar, estava bom. As duas subiram para o quarto, cada uma com uma ou duas coisas em mãos.

Ao entrarem no quarto viram que Tzuyu dormia, enquanto Somi deslisava seus dedos por suas madeixas como forma de demonstrar carinho e conforto, agora estavam seguras e agora estava tudo bem. Tzuyu tinha sua respiração neutra enquanto se afundava em seu próprio sono.

Ao ouvir o som da maçaneta sendo girada Somi não conseguiu disfarçar a cara de surpresa ao ver Yoo entrando no quarto junto de Chaeyoung com um pedaço de pão na boca.

Somi sentiu um nó formado na garganta e sabia que a recente falta de ar era o início de um choro. Emocionou-se sem saber o porquê ao ver Jeongyeon alí, junto delas e não demorou a se levantar e correr para seus braços e se sentir ser acolhida, o calor do abraço de Jeongyeon era confortante, não era tóxico no qual ouvira vários comentários desagradáveis da mesma pelos corredores da Suny Korea.

Nunca foi uma pessoa de se basear pelos outros, a sua opinião e o seu pensamento era o mais importante, se em sua mente estivesse certa, todas as suas escolhas eram boas. E uma de suas melhores escolhas foi ter se juntado com aquele grupinho em seu primeiro dia de aula.

— Seu rosto... Nossa.

Sorriu e caminhou até o espelho, a parte esquerda de seu rosto estava realmente bastante avermelhada.

— Toma – Chaeyoung estendeu o gelo e se sentou na cadeira em frente a escrivaninha — Vai ficar verde isso aí.

— Vai.

— Hm, é o de menos — Somi se sentou ao lado de Jeongyeon na cama. Apesar dos sanduiches parecerem de bosta de cavalo as três os comeram caladas.

Alguns minutos depois Somi teve que por um pedaço de carneiro no rosto, depois de Chaeyoung pesquisar na internet descobriram que seria melhor do que gelo.

Toda aquela movimentação foi o motivo de ter despertado Tzuyu de seu sono, que ao acordar deu um soco de leve nas costas de Jeongyeon como cumprimento e aquela mesma cena se repetiu. Jeongyeon abraçava Tzuyu como se sua vida dependesse daquilo.

Nós - MichaengOnde histórias criam vida. Descubra agora